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Academias não são mais obrigadas a exigir exame

Alteração em lei estabelece que aluno de 15 a 69 anos deve preencher questionário

Médicos especialistas em esporte dizem que mudança é 'retrocesso' que põe em risco a saúde das pessoas

DE SÃO PAULO

Academias não são mais obrigadas a exigir exame médico dos alunos. A apresentação de atestado de saúde era obrigatória até anteontem, quando uma alteração na lei derrubou a medida. A mudança é criticada por médicos.

Agora, elas só precisam pedir ao aluno que responda a um questionário e assine um termo, caso haja a suspeita de alguma doença. Assim, isentam-se de responsabilidade.

São oito questões. As respostas são "sim" ou "não" para perguntas relacionadas a problemas cardíacos, circulatórios, ósseos e de articulação.

Mesmo com respostas positivas, a academia não precisa pedir o exame, mas obrigar o aluno a assinar um termo em que ele assume qualquer responsabilidade.

A regra vale para pessoas de 15 a 69 anos. Fora dessa faixa, deve ser exigido o exame semestral, que pode ser feito também fora do estabelecimento.

Os chamados atletas federados -aqueles inscritos em federações para disputar torneios- também só podem fazer a inscrição na academia mediante atestado.

A nova redação da lei, publicada na terça no "Diário Oficial da Cidade", é do vereador licenciado Antonio Donato (PT), atualmente secretário de Governo da gestão Fernando Haddad (PT).

É a segunda vez que a lei que trata do assunto, de 1993, é alterada. A exigência do atestado a cada seis meses começou em fevereiro, após aprovação de projeto do vereador Claudinho de Souza (PSDB).

A reportagem procurou Donato, mas ele não respondeu.

"RETROCESSO"

Médicos especialistas em exercícios e esportes são enfáticos em dizer que a mudança é um "retrocesso" que põe em risco a saúde das pessoas.

"O exame não serve apenas para atestar boa saúde, mas também para indicar os limites de exercício para o indivíduo não sofrer consequências", afirma Ricardo Nahas, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho.

Para os médicos, apenas pedir que o aluno preencha um formulário é inócuo.

"Quem vai à academia vai ter uma atividade extenuante, que precisa de uma avaliação rigorosa", diz Samir Salim Daher, diretor da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte).


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