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Rodízio de veículos volta amanhã em São Paulo

CET diz que fluxo cresce a partir da 2ª quinzena

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

O rodízio municipal de veículos volta a vigorar amanhã em São Paulo. Ele estava suspenso desde 21 de dezembro.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que a volta "se faz necessária em razão do aumento esperado do fluxo de veículos na cidade, que, a partir da segunda quinzena de janeiro, começa a retomar suas atividades nas áreas de serviços e comércio".

De acordo com dados da companhia tabulados pela Folha, o trânsito da última semana sem rodízio foi melhor em relação ao mesmo período do ano passado.

A média de lentidão caiu 27%. A semana fechou com média de 29 km, ante os 40 km de janeiro de 2012.

Com a volta da restrição, o final da placa do veículo determina qual dia da semana ele fica impedido de circular pelo centro expandido.

O objetivo é que 20% da frota fique em casa a cada dia. Na segunda, a restrição atinge placas com final 1 e 2.

O desrespeito rende multa de R$ 85 e a perda de quatro pontos na carteira de habilitação -em 2012, até agosto, foram 1,4 milhão de multas.

SEM EFEITO

De acordo com especialistas, o rodízio foi importante na época de sua implantação, em 1997.

Mas o efeito no tráfego foi se diluindo com o aumento da frota de veículos.

"Foi bom lá atrás, hoje não é mais solução. Seria se a prefeitura tivesse aproveitado a melhora no trânsito para investir pesado em corredores de ônibus e oferecer alternativa ao carro", diz o consultor Horácio Figueira, mestre em engenharia de transportes.

Ele cita uma pesquisa feita em 2009, em que 21% dos entrevistados com mais de um carro na garagem disseram que o motivo do veículo extra era escapar do rodízio.

Desde 1997, a frota registrada na cidade cresceu 59%. Passou de 4,6 milhões para os atuais 7,3 milhões.

No entendimento da CET, o rodízio cumpre papel relevante. Um boletim técnico da companhia afirma que seu efeito é equivalente a retardar em quatro anos o aumento dos congestionamentos.

PROJETOS

Longe de ser unânime, diversos projetos já foram apresentados na Câmara Municipal de São Paulo para tentar mudar o rodízio.

Em 2003, o vereador Vicente Cândido (PT) queria estender a restrição para toda a

cidade, mas a proposta foi arquivada.

Em 2008, Ricardo Teixeira (PV), hoje secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, propôs aumentar para dois dias a restrição de circulação de cada placa.

Na mesma época, Adilson Amadeu (PTB) queria acabar com o rodízio. Os dois projetos foram aprovados em primeira votação no mesmo dia, mas acabaram retirados.


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