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Iniciativa privada banca projetos para qualificar mão de obra

FERNANDO TADEU MORAES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É possível investir em educação de qualidade com amparo da filantropia nacional. Iniciativas do gênero começam a aparecer no Brasil e prometem ganhar fôlego nos próximos anos.

Cláudio Haddad, dono do instituto de administração e economia Insper, crê que a realidade brasileira de doações para educação está melhorando. Para 2015, ele planeja abrir cursos de engenharia mecânica, sistemas/informação e mecatrônica.

O foco será em tecnologia e buscará formar líderes empreendedores. Segundo Haddad, a implantação dos cursos deverá ser toda bancada por doações privadas.

A meta inicial de levantar R$ 80 milhões já foi superada. Entraram como doadores quatro grupos industriais (Ultra, Votorantim, Camargo Corrêa e Gerdau), três bancos (Itaú, Bradesco e BTG Pactual) e duas fundações (Lemann e Brava), além de doadores individuais.

"Mais importante que o dinheiro é o envolvimento de grandes empresários e empresas no projeto", diz ele. "Acredito que a academia ganha tendo contato com as empresas e vice-versa."

FUNDO DE PESQUISA

Em 2011, a Escola Politécnica da USP criou o primeiro "endowment" de uma instituição pública brasileira.

Bastante comum em instituições universitárias americanas, o "endowment" é um fundo cujos rendimentos serão usados para financiar pesquisas, obras de infraestrutura e investimentos.

"O surgimento desse fundo se deve ao fato de que nossos projetos mais ambiciosos esbarram na limitação de recursos", diz o diretor da Poli, José Roberto Cardoso.

Segundo ele, a opção pelo "endowment" é devido ao fato de que uma doação direta à USP entra no orçamento geral da universidade.

"O doador, em geral, quer que o seu dinheiro seja usado para um fim específico. O 'endowment' permite que isso ocorra", explica.

Cardoso diz que esse tipo de iniciativa ainda é incipiente e se destina para os futuros alunos. A faculdade possui dois fundos, o "endowment da Poli" e o "Amigos da Poli", que possuem, respectivamente, R$ 600 mil e R$ 5 milhões de capital.

O Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) é outro exemplo de bom relacionamento com o dinheiro privado. Em 2011, recebeu pouco mais de R$ 1 milhão em doações privadas.

Entre os doadores estão figuras como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, os irmãos João e Pedro Moreira Sales e o matemático James Simons, que abandonou a academia pelo mercado financeiro e tornou-se bilionário e filantropo.


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