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Hotéis de SC temem fuga de turistas após ataques
PM já registrou 48 atos violentos em 16 cidades
A poucos dias do Carnaval, data mais movimentada após o Réveillon, hoteleiros de Santa Catarina temem prejuízos com a nova onda de ataques.
Até ontem, o sexto dia de atentados atribuídos a presos -o governo admite que as ordens partem das cadeias-, a Polícia Militar havia registrado 48 episódios violentos, como ônibus queimados e tiros contra delegacias e prefeituras, em 16 cidades. Em novembro, foram 68 ataques em 17 cidades.
Florianópolis já registrou oito ataques desta vez, a maioria no Norte da Ilha, onde ficam as principais praias -no Carnaval a cidade deve receber 450 mil turistas.
"Para este Carnaval, acredito que ninguém que tenha feito reserva irá deixar de vir para cá. Mas os ataques do ano passado e deste ano, juntos, podem arranhar a imagem de Estado tranquilo e provocar prejuízo mais para a frente", disse o presidente do sindicato dos hotéis de Florianópolis, Tarcísio Schimitt.
A Folha falou com cinco agentes de viagem em Florianópolis e Balneário Camboriú, os dois maiores destinos turísticos de Santa Catarina. Eles demonstraram apreensão, mas nenhum havia registrado cancelamentos neste Carnaval.
Balneário Camboriú, segundo a prefeitura, deve receber 600 mil turistas só no Carnaval. Na onda de ataques recentes, um ônibus foi queimado na cidade, na quarta.
VÍDEO
O governador Raimundo Colombo (PSD) anunciou ontem a transferência dos presos considerados mais perigosos para presídios federais.
A Promotoria disse que vai investigar a agressão contra presos em Joinville (a 170 km de Florianópolis), gravada em vídeo em 18 de janeiro, que autoridades informalmente relacionam com os atentados.
A secretária estadual de Justiça e Cidadania, Ada Faraco de Luca, chamou de "caso isolado" a agressão.
As imagens do circuito interno mostram agentes disparando balas de borracha contra presos rendidos e nus.
Veja o vídeo da agressão