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Tropas da Força Nacional chegam a Santa Catarina
Governo do Estado não disse qual foi o efetivo
O Ministério da Justiça enviou ontem a Santa Catarina tropas da Força Nacional de Segurança para ajudar no combate à onda de violência iniciada em 30 de janeiro. O reforço chegou no dia em que o Estado registrou o 101º atentado.
O Estado não informou como usará o reforço nem o efetivo recebido. As tropas chegaram a Florianópolis em aviões da Aeronáutica à tarde.
"Não podemos dar detalhes sob risco de frustrar nossas expectativas", disse o coronel Nazareno Marcineiro, comandante-geral da Polícia Militar.
A Folha apurou que a Força Nacional será usada na transferência de ao menos 20 criminosos de penitenciárias catarinenses para unidades federais de segurança máxima.
As tropas também ficarão dentro das penitenciárias de São Pedro de Alcântara, Chapecó, Criciúma e Itajaí, onde está a maioria dos presos que devem ser transferidos, por dez dias. A data das transferências é mantida em sigilo.
Em 16 dias, 30 cidades foram afetadas, segundo a PM. O 101º atentado ocorreu em Guaramirim (a 171 km de Florianópolis), onde dois homens jogaram gasolina contra um ônibus escolar estacionado.
O centésimo ataque foi em Içara (a 116 km de Florianópolis); bandidos queimaram o carro de um casal. Nos dois casos, ninguém foi preso.
O delegado-geral Aldo Pinheiro D'Ávila disse que 70% dos atentados têm relação com facções criminosas e 30% são "só atos de vandalismo".
TRANSPORTE COLETIVO
Motoristas e cobradores de ônibus da Grande Florianópolis chegaram a um entendimento com o Estado e a prefeitura da capital e anunciaram que vão trabalhar até as 23h.
Anteontem, a categoria havia anunciado que trabalharia só até as 19h por medo dos ataques -dos 101 casos registrados no Estado, 38 foram contra ônibus, a maioria vazios.
O recuo ocorreu após a prefeitura anunciar o aluguel de mais 20 carros -na semana passada já havia 15- e o empréstimo de dez carros da Guarda Municipal para escoltas a ônibus. O Estado disponibilizou outros 40 carros.