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Pai esquece bebê de 7 meses no carro e criança morre

Menino ficou cerca de 6 horas trancado, num estacionamento em Divinópolis (MG)

Um dia antes, pai havia mudado seu horário de trabalho; ele e a mãe da criança estão em estado de choque, diz a polícia

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

Um bebê de sete meses morreu anteontem após ter sido esquecido dentro de um carro em Divinópolis (a 120 km de Belo Horizonte).

O menino Rafael foi deixado pelo pai em um Uno por cerca de seis horas no estacionamento de um supermercado, sob forte calor.

André de Oliveira Teixeira da Silva, 35, o pai, foi para o supermercado em que trabalha às 7h e se esqueceu de que deveria deixar o filho com a babá, segundo depoimento dele à polícia.

Por volta das 13h, quando deixava o trabalho, Silva encontrou o bebê no banco traseiro e o levou às pressas para o hospital Santa Lúcia.

De acordo com a Polícia Militar, que foi acionada pelo hospital, o menino chegou com os batimentos cardíacos fracos, foi entubado, mas não resistiu. Naquela tarde, a temperatura em Divinópolis chegou a 34º C.

Silva foi preso e indiciado sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção). Ele pagou fiança e vai responder ao processo em liberdade.

Em depoimento à Polícia Civil, o pai disse que no dia anterior havia começado a trabalhar no turno da manhã e não mais à tarde. Com a mudança no horário de trabalho, se esqueceu de levar o bebê.

A delegada Angelita Viviane de Oliveira, responsável pelo caso, disse que ele estava em estado de choque. Também afirmou ter ouvido a babá e outras testemunhas e que muitas delas disseram considerar Silva um bom pai.

A mãe da criança, de acordo com a Polícia Militar, também está muito abalada.

O casal, que tem outro filho, não quer falar sobre o caso, segundo a polícia. A delegada não informou se Silva tem algum advogado.

O corpo da criança foi enterrado na manhã de ontem.

A delegada lembra que casos como este vem ocorrendo com frequência no país.

"Os pais deveriam criar uma espécie de código entre eles e sempre um ligar para o outro que ficou encarregado de levar a criança. Seria uma forma de tentar evitar esse tipo de fatalidade."


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