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Copacabana Palace servia comida vencida
Fiscais do Procon apreendem alimentos fora do prazo de validade no hotel de luxo que é símbolo do Rio de Janeiro
Multa aplicada ao estabelecimento pode ultrapassar R$ 270 mil; hotel diz que já adotou 'medidas corretivas'
Símbolo do luxo e do glamour no Rio e às vésperas de completar 90 anos, o Copacabana Palace, na zona sul, foi flagrado com estoques de comida fora do prazo de validade em suas cozinhas.
Agentes do Procon-RJ, autarquia ligada ao governo estadual, recolheram pelo menos três caixas com carnes, peixes, frutas, pães, massas, pastas e temperos vencidos durante fiscalização feita ontem à tarde.
Havia, diz o Procon-RJ, alimentos em decomposição, carnes com validade vencida em agosto do ano passado e pães impróprios para consumo desde abril de 2012.
O hotel, que passou por uma grande reforma e reabriu as portas para o público em dezembro passado, receberá uma multa que pode ultrapassar R$ 270 mil, informou a autarquia.
O gerente responsável pelo setor de alimentos, que não teve o nome revelado, foi preso em flagrante por crime contra o consumidor.
Os alimentos foram encontrados nas três cozinhas que abastecem os restaurantes e quartos do hotel. No Copacabana Palace ficam dois dos mais conhecidos -e caros-restaurantes do Rio.
No Cipriani, que tem janelões voltados para a piscina do hotel e luminárias de murano, um menu degustação de cinco serviços custa pouco mais de R$ 200.
No restaurante Pérgula, também com vista para a piscina, é servido no domingo o brunch mais badalado -e, possivelmente, o mais caro- da cidade: R$ 200.
Rodrigo Roca, presidente do Procon-RJ, que acompanhou a operação, disse não ter ficado surpreso com o resultado. Segundo ele, alimentos fora da data de validade são comuns nas cozinhas de bares e restaurantes cariocas.
Além da cozinha, os agentes encontraram irregularidades na filial da joalheria H.Stern, localizada na fachada do hotel. A loja será multada por não fixar o preço dos produtos na vitrine.
OUTRO LADO
Em nota, o Copacabana Palace disse que apoia a iniciativa do Procon-RJ e afirma que, diante de "algumas irregularidades encontradas", já colocou todas as medidas corretivas em prática.
Procurada, a H.Stern não se pronunciou até o fechamento desta edição.
