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Análise

Haddad ataca Kassab, mas evita pôr em risco aliança

VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

A gestão Fernando Haddad (PT) parece se equilibrar, nos primeiros 60 dias, numa frágil contradição: de um lado, secretários e o próprio prefeito apontam, diariamente, mazelas da administração de Gilberto Kassab. De outro, Haddad e assessores sabem que não podem fustigar pessoalmente o ex-prefeito, pois Kassab deve indicar um ministro de Dilma Rousseff e integrar sua aliança à reeleição.

Por ora, Kassab é o bode expiatório perfeito: terminou seu governo com altas taxas de impopularidade. Esta foi, aliás, uma das razões da vitória de Haddad.

É conveniente, portanto, concentrar na ''herança'' a explicação para o fato de que, em 60 dias, Haddad pouco mostrou de mudança, mote de sua propaganda eleitoral.

Também ajuda a desviar a atenção da população para o fato de que o prefeito, em seus dois primeiros meses de mandato, parece encastelado em seu gabinete, mais voltado à burocracia interna, ao "planejamento estratégico", do que a se expor ao corpo a corpo com a população, que continua lidando dia a dia com os mesmos problemas.

Kassab manifesta nos bastidores desconforto com o tom das críticas dos haddadistas, mas ainda faz uma ressalva ao fato de que o prefeito, em público, tem evitado atacá-lo diretamente.

E já destacou sua tropa para responder aos números e, se preciso, contra-atacar.

Resta saber até quando Kassab verá lógica em hipotecar o tempo de TV de seu partido e preciosos 53 votos na Câmara para ajudar o governo enquanto o PT se encarrega de fustigá-lo e minar seu projeto eleitoral para 2014: o governo do Estado.


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