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Bruno diz que sabia da morte de Eliza e culpa Macarrão

Goleiro afirma que ficou sabendo do assassinato depois do sumiço da ex-amante e nega que tenha sido o mandante

Segundo ele, seu primo lhe contou, no dia do crime, que o corpo dela havia sido esquartejado e jogado para cachorros

PAULO PEIXOTO ROGÉRIO PAGNAN MARINA GAMA ENVIADOS ESPECIAIS A CONTAGEM (MG)

O goleiro Bruno Fernandes Souza, 28, disse ontem que ficou sabendo da morte de Eliza Samudio, sua amante, depois de ela ter sido assassinada, negou ter sido o mandante do crime e afirmou que se sentia culpado pelo desfecho.

Ele culpou o então amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pela iniciativa. "Como mandante dos fatos, eu nego. Mas, de certa forma, me sinto culpado", disse no terceiro dia do julgamento, no fórum de Contagem (MG).

Antes, o ex-jogador do Flamengo dizia não saber se Eliza estava morta. Seus advogados chegaram a dizer que ela estava viva.

Ontem, desde o início do interrogatório, tentou sustentar uma "menor participação" no crime -a de ocultar o assassinato e seus autores.

A estratégia da defesa é buscar uma condenação por um crime de "menor importância", o que reduziria a pena pela metade. Em novembro, Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão após confessar a morte de Eliza e apontar Bruno como mandante.

O goleiro, chorando quase todo o interrogatório, disse que Macarrão, por conta própria, contratou Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para acabar com o "problema que tanto lhe atormentava".

'O QUE FIZERAM?'

Bruno disse que ficou sabendo da morte quando Macarrão e o seu primo Jorge Luiz Rosa, chegaram ao sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), sem Eliza, com quem haviam saído, e com o filho dela e de Bruno no colo.

"Perguntei: 'Poxa, cadê Eliza? Pelo amor de Deus, o que fizeram com ela? [...] Macarrão falou assim, olha: 'Eu resolvi o problema. O problema que tanto lhe atormentava.'"

Bruno disse que ouviu de Jorge a versão contada pelo então menor à polícia.

"Foi o Jorge que me falou. E que ainda [Bola] tinha esquartejado o corpo e jogado para os cachorros comerem. E disse que o rapaz foi até um porão, pegou um saco preto, e perguntou: 'Vocês querem ver o resto?'", disse Bruno.

Ele disse que tentou tirar satisfação com Macarrão, mas ele negava o crime. "O que você fez, Macarrão? Você acabou com minha vida", disse Bruno, que afirmou ter ficado desesperado e chorado por uma hora e meia.

Contou que viajou ao Rio na mesma noite e, no fim de semana seguinte, foi a duas festas, uma delas na casa do jogador Vagner Love.

Bruno só respondeu à juíza Marixa Rodrigues e a seu advogado Lúcio Adolfo.

Ao responder ao seu advogado dizendo apenas "sim", disse que achava que poderia ter evitado a morte de Eliza. A sentença de Bruno deve ser anunciada hoje.


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