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Medicina

Hospitais buscam médicos para urgências e negócios

Brasil tem mais de uma vaga para cada aluno que termina a graduação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Brasil tem hoje mais vagas de primeiro emprego para médicos do que profissionais formando-se na universidade nessa área.

Dados do Censo da Educação Superior do Inep (órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável por avaliações de ensino) e da Relação Anual de Informações Sociais indicam que, em 2011, os 12.982 médicos recém-formados no Brasil tinham à disposição 18.722 vagas de primeiro emprego (taxa de 1,44 vaga por profissional). Em 1994, o índice era de 0,76.

"O que se observa é a melhoria na empregabilidade da categoria, formalização do trabalho e quase inexistência de desemprego", diz o Ministério da Saúde, em nota.

De acordo com Francisco Balestrin, presidente do conselho de administração da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), a procura por médicos é generalizada, mas existe uma forte demanda principalmente por profissionais com formação no atendimento de urgências e plantonistas de pronto-socorro (de áreas como cirurgia, clínica geral e neurologia). Esses profissionais ganham entre R$ 1.500 e R$ 2.000 em um plantão de 24 horas.

Isso acontece pelo maior acesso da população a planos de saúde e, consequentemente, a hospitais privados.

O número de atendimentos nessas instituições cresce entre 10% a 15% ao ano, segundo a Anahp.

Como muitos desses atendimentos exigem a realização de exames, outra área com busca intensa por profissionais é a radiologia.

"Nego propostas de emprego o tempo todo. A procura é feita por e-mail e também em eventos e congressos", diz a médica radiologista Ingrid Aguiar Littig, 29, que tem o título de especialista há apenas um ano e meio. Ela trabalha no grupo Fleury fazendo diagnósticos por ultrassom.

De acordo com Emerson Gasparetto, diretor-executivo do grupo Dasa, dono de laboratórios como Lavoisier, há uma carência preocupante de radiologistas no Brasil ""especialmente de ultrassonografistas.

NEGÓCIOS

Outra demanda dos hospitais hoje é por especialistas em gestão, para postos administrativos e de comando.

Raphael Revert, gerente da área de saúde da consultoria Michael Page, afirma que o setor procura médicos com conhecimentos de gestão, administração ou finanças. Ele recomenda que o profissional que queira trabalhar na área administrativa de um hospital faça MBAs e cursos de pós-gradução (há modalidades específicas em gestão hospitalar).

Já para os que são formados em administração, é recomendável que adquiram algum conhecimento na área de saúde.

"Para entrar nessa área, é preciso ter sensibilidade. O administrador não pode se esquecer de que seu cliente é também um paciente ""ele está lidando com vidas."

Para ele, é justamente por causa da "visão humana" dos profissionais da saúde que os hospitais privados tendem a preferir um médico a um administrador em cargos de comando. Mas há cada vez mais espaço para administradores entrarem no segmento.

"O mercado vem se profissionalizando muito e permitindo essa abertura", diz Thiago Medeiros, gerente da consultoria Manpower.

A carreira é atrativa --um administrador de um hospital particular de grande porte ganha cerca de R$ 45 mil por mês. Caso seja uma clínica menor, o salário é de aproximadamente R$ 20 mil. (ANA MAGALHÃES)


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