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Farmacêuticos

Testes de novos remédios geram vagas em laboratório

Departamento de assuntos regulatórios é a bola da vez

ANA MAGALHÃES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em 2005, o farmacêutico Rodrigo Crispim, 33, trabalhava como monitor de pesquisa clínica da Bristol-Myers Squibb (BMS) e teve a oportunidade de acompanhar estudos sobre o dasatinibe, princípio ativo para tratamento de pessoas com leucemia. O medicamento estava apenas em fase de testes.

"Tínhamos pacientes com estimativa de vida de três anos e que estão vivos até hoje por causa do medicamento." A droga foi registrada em 2007 e é um remédio de referência para doentes que possuem leucemia mieloide crônica.

Crispim tornou-se diretor-associado de pesquisa clínica da BMS e comanda uma equipe de 40 profissionais responsáveis por conduzir estudos e testes dos medicamentos antes de sua regulamentação e aprovação.

Para assumir o posto, ele complementou a formação com uma pós-graduação em administração e está cursando MBA.

"Meu maior desafio é gerenciar as diferentes gerações que trabalham comigo. Tenho profissionais de 20 a 55 anos de idade", conta.

A pesquisa clínica é uma das carreiras mais atrativas de toda a indústria farmacêutica --ela une ciência e prática.

Porém, hoje, outros profissionais na área ganham projeção e são muito valorizados no mercado, como os de marketing (específico para o setor) e farmacoeconomia.

Maw s especialistas indicam que os cargos de analista, gerente ou coordenador de assuntos regulatórios são a bola da vez do setor. A área é responsável pelo registro dos produtos ou medicamentos na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e em outros órgãos públicos.

Apesar de existirem hoje cursos de pós-graduação voltados para assuntos regulatórios, a recomendação é que os interessados busquem estágios na área.

A remuneração varia de R$ 10 mil a R$ 15 mil para o nível de gerente e chega a R$ 35 mil para o cargo de diretor, de acordo com a consultoria Michael Page.

Quando se inscreveu para uma oferta de estágio em assuntos regulatórios, a farmacêutica Mariana Farias, 30, não sabia muito bem do que se tratava. Atualmente, ela é coordenadora da área de assuntos regulatórios da Takeda e diz que, de fato, a indústria farmacêutica passou a valorizar mais o profissional.

"O departamento deixou de ser visto como suporte para ser considerado como estratégico para os negócios."

Farias comenta que, quando estudava na USP, escutava que era um trabalho burocrático. Mas, segundo ela, sua função não se limita a mexer com papelada. "Existe uma visão estratégica, uma interface com a pesquisa clínica e com o desenvolvimento de novos produtos."

Para Lilian Pedroso, 34, gerente de assuntos regulatórios da Pfizer, a carreira está em alta porque não é simples aprovar medicamentos no Brasil e também pelo aumento da complexidade das exigências da Anvisa.

"A agência vem melhorando e atualizando suas regulamentações e, normalmente, baseia-se na legislação da Europa, dos EUA e do Canadá. Por isso, é interessante conhecer a tendência de legislação desses países."


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