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Ganho de investidor de imóvel diminui

Valorização que beneficiou proprietários nos últimos dez anos desacelera e aplicação tem de ser mais criteriosa

Crescimento econômico do Brasil causou aumento insustentável dos preços no setor, afirma especialista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A crescente valorização dos imóveis tornou esses ativos mais cobiçados pelos investidores nos últimos anos. Mas esse mesmo fator passou a exigir que o comprador seja mais seletivo de agora em diante para manter o ganho.

A razão é que a margem para novos aumentos dos valores do metro quadrado dos aluguéis é muito menor.

Celso Amaral, diretor corporativo do Geoimovel e da Amaral D'Avila Engenharia de Avaliações, ressalta que houve uma mudança expressiva no patamar de preços na última década.

"Uma série de fatores --como prazos maiores e juros mais baixos nos financiamentos, aumento da renda dos trabalhadores e elevação do emprego-- despejou um grande número de compradores no mercado", diz.

"Com o aumento da demanda, os preços subiram descontroladamente."

Hoje, com a volta do temor sobre a inflação e os próprios altos preços dos imóveis, o universo de potenciais compradores voltou a se restringir, afirma o especialista.

"Agora, o investidor deve ser mais criterioso para selecionar um bom negócio que ainda lhe garanta retorno na revenda ou com aluguéis."

PACIÊNCIA

O cenário em que um imóvel era comprado para ser revendido com bom lucro em menos de seis meses deve ser esquecido, segundo Amaral.

"A liquidez do mercado ainda é boa, mas a velocidade de venda, que era de até 20% ao mês [relação entre as unidades disponíveis e as efetivamente vendidas] há dois anos em São Paulo, voltou a patamares históricos de cerca de 10% ao mês", afirma.

Ainda há exceções. "Os escritórios mais bem localizados ainda mantêm a alta velocidade de vendas."

Apesar do cenário menos favorável, especialistas ainda consideram os imóveis um bom investimento a longo prazo.

"O comprador ainda encontra boas condições de financiamento, juros baixos e uma demanda superior à oferta", afirma Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (associação dos profissionais de finanças).

"Ainda que a valorização a curto prazo que vinha acontecendo nos últimos anos, com imóveis triplicando de valor em três anos como nos bairros nobres do Rio de Janeiro, não seja mais possível, um aluguel de 0,5% do valor do imóvel já bate qualquer aplicação conservadora de renda fixa", defende o economista.

"Entretanto, isso não quer dizer que qualquer imóvel seja um bom investimento", alerta.

PESQUISA

"É preciso saber comprar, procurar as regiões com maior carência de imóveis do tipo pretendido [comerciais ou residenciais], verificar se a região já não possui um grande número de obras em fase de conclusão e saber se o local tem boa infraestrutura, que atraia potenciais moradores", orienta Oliveira.

Os especialistas não acreditam em um cenário de queda dos preços no futuro. O alto custo de terrenos, da mão de obra e do material não permitiria uma redução por parte das incorporadoras. (TS)


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