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Expansão

Curso a distância cresce 45 vezes em dez anos

Com exigência de diploma superior pela LDB, professores em exercício procuram graduação semipresencial

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

A oferta de vagas em cursos presenciais de pedagogia tem tido um crescimento lento desde 2000. Mas o número de vagas da mesma modalidade a distância aumentou 45 vezes no mesmo período.

De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, o crescimento dos cursos a distância de formação de professores se deve principalmente à necessidade de diploma superior para quem dá aula.

"Há um grande número de professores em atividade que não tem a diplomação de pedagogia e que encontram nos cursos a distância uma forma de fazer suas atividades", explica Carlos Vogt, presidente da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo).

A universidade oferece, em parceria com a Unesp (Universidade Estadual Paulista), um curso de pedagogia semipresencial para professores que estão na sala de aula.

A primeira turma se formou há uma semana. Dos 1.350 ingressantes em 2009, na primeira turma, 992 concluíram o curso.

"É uma taxa de evasão muito baixa [de 26%]", anima-se o coordenador do núcleo de educação a distância da Unesp, Klaus Schlunzen Júnior. A média nacional na taxa de conclusão em pedagogia a distância é de 55%.

A obrigatoriedade do diploma surgiu na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) de 1996 e passou a valer em 2009. Mas está longe da realidade.

Hoje, 76% dos 2,1 milhões de professores têm diploma de ensino superior. De quem não concluiu ensino universitário, 8,4 mil docentes têm só ensino fundamental.

PROFESSOR ESTUDANTE

O problema é que quem já dá aula, mas não tem diploma, tem dificuldade para conciliar uma graduação com a rotina na escola.

Foi por isso que educadoras como Luciana Paula Della Coletta de Carvalho, formada a distância pela Unesp, escolheu um curso semipresencial. Ela trabalha com estudos do meio (como viagens para conhecer um bioma). "Hoje me sinto uma educadora mais responsável", diz.

Mas quem abocanha mesmo o mercado de formação de professores a distância é o setor privado, com 90% das 273 mil vagas em 2010.

"Havia muito preconceito das empresas em relação aos alunos dessa modalidade", explica Thais Sousa, diretora de desenvolvimento de ensino à distância da Anhanguera Educacional. Hoje, a Anhanguera tem 132 mil estudantes a distância.

Outra ideia disseminada sobre o ensino a distância, na opinião de Rachel Maschetti, aluna de pedagogia a distância na Unicid (Universidade Cidade de São Paulo), é a de que o curso seria mais fácil.

"O curso a distância é mais difícil. Os pontos são conquistados na prova, não há nota de participação na aula."

Ela decidiu fazer o curso a distância porque já trabalhava. Além disso, na Unicid, o curso remoto custa 40% menos do que o presencial.

Quando entrou no curso, em 2010, ela criou um blog (pedagogiaonlineead.blogspot.com.br/) que funciona como uma sala de aula virtual. Os alunos -são 700, de várias faculdades,- trocam material didático e discutem. "Ajuda a espantar a solidão", diz Maschetti, que se formou em junho.


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