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Perfil dos professores influencia ranking de ensino

Variáveis como docentes com doutorado e dedicação integral podem influir mais na qualidade do curso do que a infraestrutura

FÁBIO TAKAHASHI

A partir desta edição, o RUF passa a adotar dois subindicadores para avaliar a qualidade dos docentes na graduação: número de doutores e de professores que trabalham em regime de dedicação integral.

A inclusão do primeiro se baseia na aceitação mundial do critério, adotado pelos principais rankings internacionais e consenso de qualidade entre especialistas.

Já o segundo contempla uma peculiaridade do cenário nacional -o predomínio de instituições com professores que apenas dão aulas, sem tempo remunerado para atender alunos e fazer pesquisas.

Esses fatores podem ser mais efetivos do que a infraestrutura da escola, avalia o professor de economia da USP Reynaldo Fernandes, que estudou as variáveis que influenciam a qualidade do ensino quando era presidente do Inep, entre 2005 e 2009.

"Testamos todos os dados disponíveis. Doutorado e dedicação integral apareceram como os mais significativos", diz. Em 2008, os dois quesitos passaram a integrar a lista oficial que o MEC adota na fiscalização dos cursos.

O pesquisador pondera, porém, que esses subindicadores podem não ter tanto impacto em cursos que exigem uma ligação mais estreita com o mercado.

A área de publicidade é um caso exemplar. Nela, a ESPM é considerada a melhor tanto pelos avaliadores do MEC quanto pelos executivos de RH. Mas, como a escola aparece na 116ª posição da lista de docentes com doutorado, cai para o terceiro no ranking de ensino. A ESPM tem 31% de doutores; a USP conta com 99%.

"Buscamos professores que sejam atuantes no mercado de trabalho, e dificilmente eles têm doutorado", afirma o pró-reitor de graduação da ESPM, Marcelo D'Emídio. "Mas à medida que haja mais profissionais com titulação, vamos atrás deles. É o perfil que buscamos."

Os dois subindicadores foram usados em conjunto apenas no ranking geral de universidades. Na análise dos 30 cursos que mais formam, o item dedicação integral deixou de ser adotado por falta de dados do Inep-MEC.


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