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Emprego

Particulares apostam em convênios

Instituições privadas investem em estágio e em atualizações nos currículos para obter sucesso entre empresas

FERNANDA MENA

Flexibilidade para atualizar projetos pedagógicos de cursos, avaliação constante de aulas/professores e programas de estágios robustos, que aproximam alunos de empresas e instituições de ensino.

São essas as três características comuns às universidades privadas que estão no ranking das dez instituições de ensino superior com maior aceitação no mercado de trabalho nas 30 carreiras analisadas pelo RUF.

O Datafolha perguntou a 1.681 executivos da área de recursos humanos de empresas de todo o Brasil de quais universidades eram os formandos que suas organizações mais contratavam.

A lista das mais citadas (veja ao lado), encabeçada pela USP, traz a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) na segunda posição, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) na quarta colocação, a PUC-Minas no sexto lugar e a Universidade Paulista (Unip) em nono lugar do ranking de mercado.

"Essas instituições têm o benefício de colocar no mercado um grande número de alunos. Ainda assim, as três práticas citadas por elas são, de fato, importantes para que tenham preferência no mercado de trabalho", avalia Romário Davel, consultor educacional da Hoper.

"Instituições antenadas que flexibilizam os programas de seus cursos podem torná-los mais atrativos a quem emprega. Um sistema de controle de qualidade do conteúdo ministrado em aula é, portanto, fundamental também. E um projeto de estágios aproxima os alunos de quem pode empregá-los."

Nona colocada na classificação do mercado de trabalho, a Unip tem cerca de 170 mil alunos, dos quais mais de 70 mil frequentam cursos à distância. Para o reitor João Carlos Di Genio, no entanto, não foi o volume de formandos que colocou a instituição entre as dez mais citadas pelas áreas de recursos humanos das empresas.

"Há outras instituições com tantos estudantes quanto nós em São Paulo e que não foram tão citadas", defende. "Sempre estivemos voltados para o mercado e o futuro das profissões, cujas mudanças são ditadas pela economia e pelas medidas do governo. Atualizamos nossos cursos em função dessas diretrizes."

A vice-reitora, Marília Ancona Lopes, cita o caso do curso de pedagogia, que ganhou disciplinas lecionadas via internet para familiarizar os alunos a novas plataformas de ensino e de relacionamento com alunos.

A UPM (Universidade Presbiteriana Mackenzie) credita sua classificação a uma combinação que tem como elemento-chave o programa de estágios.

Foi por meio dele que, em 2012, mais de 16 mil contratos de estágio para os cerca de 40 mil alunos do Mackenzie foram assinados. "Fomos os primeiros a criar um programa oficial de estágios no Brasil, ainda nos anos 1920", conta o reitor Benedito Guimarães.

Bolsas de auxílio-pesquisa, laboratórios, incubadora de empresas júnior e eventos de recrutamento também são citados como parte deste resultado.

Para a reitora da PUC-SP, Ana Cintra, o sistema de avaliação do corpo docente da universidade, que passou a incluir pareceres dos alunos, ajuda a manter a instituição neste ranking. "A tradição e a história da PUC pesam bastante também", avalia.

Para a vice-reitora da PUC-Minas, Patrícia Bernardes, é preciso que universidade e mercado dialoguem mais, já que são as empresas que lidam com inovação e produtividade e que geram a renda do país.

"Para aumentar produtividade e competitividade do Brasil é necessário que as universidades falem um pouco mais a linguagem do mercado", diz. "O desafio da universidade é fazer com que a aproximação dos alunos com o mercado se dê com a maior qualidade possível."


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