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Diálogo é chave para uma troca sem traumas

Decisão deve envolver aluno e instituição

DE SÃO PAULO

Ao chegar em casa, Gustavo, 11, levou um susto. Descobriu que os colegas da escola criaram uma página no Facebook contra ele. O menino não queria mais frequentar as aulas e as notas caíram.

Os gêmeos Salvatore e Vincenzo, 11, eram "zoados" pelos colegas quando não acertavam um passe no futebol.

No caso de Rodrigo (nome fictício), 9, a dificuldade para lidar com regras e limites fez com que os pais e professores se desentendessem.

Todas essas situações colocam as famílias em um dilema: quando é preciso mudar a criança de escola?

Para a pedagoga Neide Saisi, da PUC-SP, o importante é que a troca não seja decidida de forma unilateral. "A discussão tem que ser entre a escola, a família e o aluno". Em casos de "bullying", por exemplo, ela diz que "se o orientador se preocupa e toma providências, não há motivos para trocar".

Após o episódio com a página no Facebook, a mãe de Gustavo ainda não sabe se muda o filho de escola. Para ela, pesa o fato de ele estudar no local há quatro anos e de a instituição ser considerada "pedagogicamente boa".

"A minha maior decepção foi que a escola preferiu abafar o caso", diz Joana (nome fictício), que paga mensalidade de R$ 2.400. "O mínimo que eu queria era uma reunião para discutir."

Segundo a psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão, a mudança é necessária quando há perda de confiança na escola. Ela diz que, muitas vezes, esse processo é mais difícil para os pais do que para a criança, que pode se beneficiar com a troca.

Foi o que aconteceu com Felipe, 11. Ele foi diagnosticado com epilepsia aos sete anos, mas, segundo a mãe, a escola anterior não soube lidar com isso. "Agora, ele se sente capaz, produtivo e integrado", conta Nívia Colin, 42.


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