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Marcas de cachaça de MG se unem para elevar vendas
Produtores de Salinas tentam convencer distribuidor a investir até R$ 12 mil para ser revendedor autorizado
Objetivo do programa é fazer com que pequenos produtores da região do norte de Minas tenham mais acesso ao mercado
Produtores de cachaça da região de Salinas, no norte de Minas Gerais, vão tentar convencer revendedores a pagar R$ 3.000 para serem distribuidores autorizados das bebidas feitas na área.
A intenção é ampliar no mercado a presença de pequenos produtores, que têm dificuldades para, sozinhos, encontrarem compradores.
No ano passado, o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) decidiu que só as destilarias da região podem usar a marca Salinas.
Os revendedores poderão usar a identificação, mas terão de dedicar um espaço para a marca. Terão também de comprar um kit inicial com 12 garrafas de cada um dos 21 produtores --no total, o investimento será de até R$ 12 mil. Em troca, terão desconto de nas compras seguintes.
O objetivo é fechar acordo com 80 revendedores --que terão exclusividade em uma área com até 2 milhões de habitantes. A meta é elevar a a produção atual em 40%, para 4,5 milhões de litros de cachaça, em 2015.
"O que queremos é posicionar melhor a cachaça no Brasil", afirma Filomeno Oliveira Junior, do Sebrae Minas, que prestou consultoria para a Apacs (Associação dos Produtores Artesanais da Cachaça de Salinas).
José Lúcio Ferreira, presidente do Centro Brasileira de Referência da Cachaça, concorda que a distribuição é o maior gargalo dos produtores, mas diz que eles precisam investir mais em marketing. "Não adianta colocar o produto na prateleira e não fazê-lo girar."