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Sites farão 'vaquinha' para compra de empresas

Ideia é usar financiamento coletivo para compra de parte de start-ups

No exterior, plataformas já permitem que pessoas físicas se tornem sócias dessas companhias com investimento pequeno

FELIPE GUTIERREZ DE SÃO PAULO

Grupos de empresários brasileiros se movimentam para, no futuro próximo, lançar plataformas de "crowdfunding" (financiamento coletivo) para vender fatias de pequenas empresas.

Sites como empreenda.vc, eusocio.com.br, brootabrasil.co e startmeup.com.br têm planos de permitir que investidores comprem participações nesse tipo de negócio (por enquanto, usa-se o nome "equity crowdfunding" para o modelo).

Adolfo Melito, diretor de economia criativa da Fecomércio-SP, é um dos que estão trabalhando para colocar uma plataforma no ar. Ele conta que, apesar de não haver nenhuma plataforma de "equity crowdfunding", o movimento em torno disso se intensificou no primeiro semestre do ano passado, em uma palestra na escola de direito da FGV de São Paulo.

O site CrowdCube, da Inglaterra, é o principal modelo que os brasileiros miram.

A Tidy Books, uma fabricante de estantes para livros infantis da Inglaterra, usou a ferramenta para fazer uma "oferta de ações".

A empresa queria 75 mil libras (R$ 291 mil) e, para isso, resolveu vender 12,58% da titularidade. Para isso, fez um vídeo apresentando a empresa, explicaram os termos do investimento e colocou o projeto no ar.

"Escolhemos esse modelo para alcançar uma gama maior de investidores e embaixadores'", diz Ruth Duncan, gerente de marketing da Tidy Books.

É possível ser sócio da empresa com 100 libras (R$ 387), mas quem aportar mais de 10 mil libras (R$ 38,7 mil) terá ações com direito a voto.

Deu certo: até o momento, 113 investidores colocaram um total de 117 mil libras (R$ 453 mil).

Um dos empreendedores por trás do eusocio.com.br, João Falcão, 35, explica que, quando o site começar a servir de plataforma para os projetos, ficará com uma porcentagem do dinheiro levantado --será entre 5% e 10%.

Ele diz estar em conversas com cinco start-ups (empresas iniciantes de negócios tecnológicos) para preparar termos de investimento e as apresentações em vídeo.

"Tem um montante considerável de recursos que, hoje, não faz parte do ecossistema do empreendedorismo no Brasil. São coordenadores, gerentes de multinacionais, uma massa de executivos com conhecimento de mercado de capitais, que têm noção de risco e teria prazer em investir em start-ups", afirma. "Mas, até agora, eles não têm por onde começar."

Para Cássio Spina, presidente do grupo Anjos do Brasil, ainda vai demorar até que empresas financiadas por esse tipo de plataforma prosperem.

"Se quem for investir [em plataformas coletivas] estiver preparado para o longo prazo, acho ótimo."


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