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Bairros periféricos têm menos idosos

DE SÃO PAULO

Enquanto um em cada cinco moradores de Alto de Pinheiros (zona oeste da capital) tem mais de 60 anos, em outro canto da cidade, em Anhaguera (zona norte), a proporção de pessoas mais velhas cai para menos de um em cada vinte moradores.

O mesmo acontece no Jardim Ângela e em Cidade Tiradentes, bairros igualmente periféricos da capital. Nessas regiões, cerca de 5% dos moradores passaram dos 60 anos.

A diferença do número de idosos nos bairros mais ricos e mais pobres é complexa.

"O que se sabe é que pessoas com maior poder aquisitivo têm mais chances de viver bem e, por isso, vivem mais", diz Fernando Antonio Cardoso Bignardi, coordenador do Centro de Estudos do Envelhecimento da Unifesp.

Elizabeth Mercadante, coordenadora da pós-graduação em gerontologia da PUC-SP, concorda: "A situação da velhice está ligada a fatores como nível social, alimentação e acesso à saúde."

A Folha conversou com um morador idoso de Anhanguera, bairro com menor concentração de sessentões ou mais da capital: 4,7%.

Ele diz que gosta da região, onde mora há quase 50 anos. "É pavimentado, tem de tudo", diz Antonio Martins dos Santos Filho, 83 anos.

Especificamente para os mais velhos, no entanto, a situação no bairro é mais difícil: "Às vezes falta médico no pronto socorro, falta luz na rua. Mas já foi bem pior."

Santos Filho criou e presidiu a Sociedade dos Amigos do Anhaguera por 47 anos onde lutou, diz, para que o bairro tivesse praças --espaços públicos que ele gosta de frequentar. Hoje há 46 praças por lá, segundo a prefeitura.

Em outra parte da cidade, em Alto de Pinheiros, onde há 23% de idosos, o número de praças sobe para 194.

É possível visualizar onde as pessoas mais velhas de São Paulo vão morar no futuro? A princípio, não.

"Mas a velhice está aí para todos. Haverá muito mais idosos em todos as regiões da cidade", conclui Mercadante, da PUC-SP. (SR)


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