Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Especial

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Chegada de novas fábricas deve gerar excedente de 1,6 milhão de carros por ano

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A indústria automotiva brasileira tem vários desafios. Um deles é voltar a crescer. A queda recente na confiança do consumidor é um dos fatores que levam a uma expansão mais acanhada do que o esperado para o setor.

A expectativa a curto prazo não é otimista. "A rigidez do crédito cria uma barreira enorme para o crescimento do setor", destaca o consultor e ex-diretor da Chevrolet, André Beer. Para 2015, ele projeta expansão de no máximo 5%. "Os incentivos [fiscais] terão que voltar", considera.

Outros fatores impactam, como a falta de infraestrutura e a carga tributária elevada --cerca de um terço do valor de um veículo vendido no mercado nacional é composto por impostos.

"A tributação altera o equilíbrio entre demanda e oferta, onerando o consumidor. Cerca de 80% dos tributos do veículo saem do bolso do comprador", calcula a tributarista Tatiane Cardoso Paço, do escritório GPM Advogados.

Apesar dos aspectos negativos, o Brasil tem grande potencial de consumo. Isso justifica o investimento bilionário que o país receberá nos próximos anos. Serão R$ 75 bilhões entre 2013 e 2017, que vai garantir o aumento da capacidade instalada para cerca de 6 milhões de unidades anuais. No entanto, a expectativa é que haja um excedente de 1,6 milhão de produção.

Para Luiz Moan, presidente da Anfavea, o governo já percebeu que incentivos fiscais alavancam as vendas. "Agora é necessário revisar as taxas para não precisar mexer toda hora nisso", diz.

O mercado externo pode ser o caminho para escoar a produção excedente. Entre as iniciativas está o projeto Exportar-Auto, apresentado ao governo pela Anfavea, que prevê a exportação de 1 milhão de carros até 2017 --o dobro do montante atual.

Além dos gargalos estruturais e tributários brasileiros, as exportações esbarram em outro problema: a Argentina.

O país vizinho é o principal parceiro comercial das montadoras nacionais (compra 9 de cada 10 carros exportados), mas vive uma crise cambial e adotou, em dezembro, medidas de restrição para a compra de importados.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página