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Personalidade de empresário deve ser avaliada na compra de franquia

Empreendedor deve buscar identificação com a marca e com o estilo de vendas do negócio

É bom buscar empresa que ofereça cursos que preencham lacunas de conhecimento e de perfil do profissional

ANA MAGALHÃES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Antes de comprar uma franquia, o empresário não pode avaliar apenas os dados financeiros e o potencial do negócio para o futuro. Nessa decisão também é preciso levar em conta a personalidade do empreendedor e suas lacunas de conhecimento.

"Não necessariamente as franquias que mais crescem são as que dão mais certo", afirma Gustavo Schufino, vice-presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising). Ele lembra que há alguns anos houve um boom dos iogurtes frozen, mas o produto pouco depois entrou em colapso --várias marcas tiveram que fechar as portas.

Para Marcus Rizzo, consultor e proprietário da Rizzo Franchising, é fundamental que o franqueado se identifique primeiro com a estrutura de negócio da franquia, e, em segundo lugar, com a marca que ele pensa adquirir.

"Você tem que fazer uma autoavaliação e tem que se perguntar: Eu trabalharia dez anos nesse negócio e seria feliz?'"

Mesmo diante de uma resposta positiva, é preciso ter cautela. Para o consultor, avaliar o suporte oferecido pelo franqueador é passo fundamental a ser dado antes de assinar qualquer contrato.

A recomendação é que o empreendedor busque negócios que dão capacitação nas áreas em que ele mais precisa. Por exemplo, se alguém não é bom em finanças, deve buscar franquias com um bom treinamento nessa área.

O mesmo vale para o perfil de personalidade --se o empresário é do tipo mais introvertido e não tem tanta habilidade com pessoas, talvez seja mais interessante investir em um negócio delivery, nos quais há mais contato telefônico do que pessoal, do que em um quiosque em um shopping.

"No segmento de alimentação, por exemplo, a venda não é um forte. Ela precisa ser mais agressiva no setor de serviços", afirma Daniel Alberto Bernard, autor do livro "Como Escolher a Franquia Certa" (editora Atlas).

EQUIPE

Entretanto, segundo ele, essas deficiências são contornáveis. "Se o franqueado tiver que lidar com venda, mas ele não tem um perfil comercial, que contrate pessoas da equipe com essa habilidade", aconselha

Luccas Galdi, 24, diz que três fatores contaram para que ele comprasse uma franquia de pizzaria: os cursos oferecidos, o gosto pelo produto e o desempenho do setor (as franquias de alimentação cresceram 16,6% em faturamento no ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising).

Galdi é formado em educação física, foi goleiro do Bragantino e, por causa de uma lesão, teve de mudar de vida.

Para aprender mais sobre negócios, ele teve aulas sobre recursos humanos e finanças na franqueadora.

Ao conversar com outros franqueados da marca, ele percebeu que teria de trabalhar muito: desde que abriu a loja, há dois anos, ele vai para lá todos os dias, exceto no Natal e no Ano-Novo.


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