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Softwares virtuais facilitam divulgação
Sistemas permitem controlar envio de mensagens e analisar consumidor
Nos Estados Unidos já há programas on-line para criar animações e fazer narrações para exibir produtos
Os softwares na nuvem, que podem ser acessados via internet e já são usados para controle de finanças de pequenas empresas, estão chegando ao setor de marketing. Por não envolverem compra de licença do programa ou contratações, podem fazer com que as companhias gastem menos com divulgação.
Internacionalmente, é possível encontrar sistemas on-line para criar vídeos e animações para exibir produtos (PowToon e Moovly) e outros que permitem criar narrações em diferentes idiomas (VoiceBunny e Gengo).
Gil Giardelli, professor da ESPM e da FIA (Fundação Instituto de Administração), diz que as modalidades de softwares na nuvem ainda são escassas no Brasil.
"Nos Estados Unidos já temos centenas dessas empresas em ações como criação de logotipos, de vídeos e gerenciamento de redes sociais", afirma Giardelli.
A empresa capixaba Rock Pigeon, criada em janeiro, lançou um serviço desse tipo para administrar o envio de e-mail marketing. Por R$ 29, é possível enviar até 5.000 mensagens --os próprios clientes devem fornecer a base de endereços para o envio da correspondência.
"O que fazemos é oferecer uma ferramenta para o envio de e-mails com segmentação de público e análise para aumentar a efetividade da divulgação. Para ser relevante, a mensagem precisa encontrar o consumidor certo ou vai para o lixo", afirma o presidente-executivo da Rock Pigeon, André Metzen, 28.
Ele também fatura cobrando por uma consultoria sobre as campanhas de divulgação, com orientação para a criação de bancos de dados mais completos e estudo dos tipos de mensagens que mais são abertos ou mais geram vendas para cada cliente. Ele tem cerca de 250 usuários.
INTEGRAÇÃO DE DADOS
A companhia francesa Makazi começou em abril suas operações no Brasil ao oferecer serviços de análises de dados para criação de campanhas de marketing. O sistema usa informações sobre os clientes que as companhias já têm, como gênero, idade, renda, localização geográfica, e-mail e contatos telefônicos.
Com esses dados, o programa cria propagandas, como anúncios em redes sociais, que são enviadas automaticamente para o consumidor.
"É um marketing que pensa no ciclo de vida do consumidor, e não só no imediato", afirma Pedro Eugênio Toledo, 35, sócio da empresa no Brasil.
