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Decisão da Nike coloca 'computação vestível' em xeque
Empresa vai parar de desenvolver pulseira eletrônica, colocando em dúvida o futuro de start-ups do setor
A decisão da Nike de suspender o desenvolvimento da FuelBand, uma pulseira eletrônica de acompanhamento de exercícios, causou choque no setor de tecnologia vestível. Se uma das maiores companhias de artigos esportivos do planeta não consegue ter sucesso com um aparelho assim, que esperança pode haver para as dezenas de empresas iniciantes de tecnologia que estão desenvolvendo produtos semelhantes?
Mas a Nike não abandonará a saúde digital: está redirecionando seus esforços da fabricação de aparelhos para a criação de aplicativos.
A companhia não deseja concorrer contra a Apple, que de acordo com boatos vem trabalhando há muito tempo no projeto "iWatch" (um relógio inteligente com recursos de saúde) ou com a Samsung, cuja pulseira eletrônica Gear Fit pode contar as passadas e acompanhar o batimento cardíaco do usuário.
Julia Hu, presidente-executiva da start-up Lark, chegou à mesma decisão mais de um ano atrás.
A pulseira Lark, que custa US$ 160, e o app para smartphone que a acompanhava estavam sendo vendidos na Apple Store e tinham sucesso, ela diz, mas o aparelho também estava se tornando um obstáculo.
Os compradores se frustravam com coisas como a sincronização via Bluetooth com o celular e se esqueciam de usar a pulseira -o que é um problema comum para os aparelhos desse tipo.
Por isso, a Lark abandonou o trabalho no hardware e se concentrou na criação de um app para smartphones, que acompanha caminhadas e corridas sem a necessidade de um aparelho separado. Com base nos dados recolhidos, a Lark sugere dicas para melhorar a saúde, pelas quais cobra uma taxa mensal.
"O sensor vestível definitivo será o smartphone", diz Hu "Em vez de gastar US$ 100 em um aparelho separado, talvez gastemos alguns dólares ao mês para receber orientação e treinamento a respeito de como melhorar nossa forma física."
