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Mercado mpme

Profissional caro faz empresário ir estudar

Sem ter dinheiro para contratar profissionais especialistas em comércio eletrônico, proprietários vão às aulas

Outra opção é treinar funcionários em temas como programação, webdesign, logística, moda e marketing

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

A carência de profissionais especializados em trabalhos relacionados ao comércio eletrônico tem levado donos de pequenas empresas a buscarem conhecimento para gerenciar seus negócios na rede.

Entre as opções estão fazer cursos específicos sobre o setor, presenciais ou virtuais, matricular funcionários de outras áreas neles ou buscar profissionais recém-formados.

A dificuldade de contratação acontece por uma falta de mão de obra especializada no setor. Os melhores profissionais, em geral, são levados rapidamente para grandes empresas, diz Solange Oliveira, vice-presidente da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Por isso, ela recomenda que as empresas menores busquem profissionais em início de carreira. O ideal são pessoas com uma visão generalista do setor, em oposição a pessoas mais experientes e caras, valorizadas por dominar muito bem um tema, como logística ou marketing.

Ludovino Lopes, presidente da Camara-e.net, sugere que os pequenos empresários lidem com o custo da mão de obra buscando capacitação, tanto para entender melhor o setor quanto para saber contratar as pessoas e serviços certos.

Foi o que fez Samantha Fasolari, 31. Ela conta que fez um curso de e-commerce de quatro meses focado no setor de moda da Ecommerce School quando decidiu abrir a loja virtual de vestidos de casamento Noiva nas Nuvens.

Seu objetivo era entender exatamente o que era preciso para montar um site com as funcionalidades que desejava, gastando a quantidade de dinheiro certa.

"Dá para encontrar empresas que oferecem uma infraestrutura para lojas virtuais por valores de R$ 1.000 a R$ 100 mil. Tem desde empresas que fazem serviços para multinacionais até as que fazem sites comunitários horrorosos", diz.

No final, ela investiu R$ 60 mil no desenvolvimento do seu site, que foi lançado em abril deste ano. Hoje a empresa tem cinco pessoas e terceiriza a manutenção de sua loja virtual.

PATROCÍNIO

Alex Ary Cortelaso, 41, optou por pagar cursos de formação para o profissional responsável pela área de internet da rede Empório do Lençol, que tem cinco lojas físicas e 80 funcionários.

Felipe Estevão, 20, que está há um ano na empresa, recebeu aumento de 10% quando iniciou um curso de de tecnologia, marketing e administração especializado em lojas virtuais.

O plano de Cortelaso é aumentar o valor novamente quando finalizar o curso.

"Esses jovens que gostam de trabalhar com internet aprendem tudo na raça, por conta própria. Mas costuma faltar uma parte técnica, por isso procuro esses cursos."

Segundo ele, a melhora no potencial de quem trabalha em sua empresa tem impacto nas vendas, especialmente devido ao uso mais avançado de estratégias de marketing digital e design.

Outra realidade, porém, com a qual os empresários têm de lidar é que o profissional, quando fica bom, passa a ser assediado por outras empresas. "O último que treinei ficou comigo por apenas seis meses depois que acabou o curso", diz Cortelaso.


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