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Eleições 2014

Serra substitui Suplicy no Senado após 24 anos

Tucano se reabilita depois de perder a Prefeitura de SP e a Presidência para o PT

Após sucessivas derrotas, Serra teve 58% dos votos, contra 32% do senador do PT, que falou em dar aulas

DE SÃO PAULO

O ex-governador José Serra (PSDB), 72, foi escolhido por 58,49% dos eleitores paulistas para o Senado, reabilitando a carreira do tucano após sucessivas derrotas.

Em segundo lugar, com 32,53%, o senador Eduardo Suplicy (PT), 73, deixará a Casa na qual ocupava cadeira desde 1991. A derrota pode significar o fim de sua carreira em cargos eletivos. Gilberto Kassab (PSD) ficou em terceiro, com 6% dos votos.

Serra obteve sua primeira vitória eleitoral desde 2006, ano em que levou o governo de São Paulo. Depois, perdeu as disputas para presidente, em 2010 (já perdera em 2002), e prefeito de São Paulo, em 2012. Não conseguiu disputar com Aécio Neves a indicação do PSDB para 2014.

Com o retorno ao Senado, para o qual já foi eleito para o período entre 1995 e 2002, Serra deve ser uma figura proeminente, seja em oposição a Dilma Rousseff ou em um governo Aécio.

Com a vitória de Serra, o PSDB passaria a ter, ao lado de Aloysio Nunes, duas das três vagas de São Paulo no Senado --mas isso apenas se Aécio perder, já que Aloysio é candidato a vice e seu suplente é do PMDB.

A última dobradinha de senadores titulares tucanos paulistas existiu até o início dos anos 1990, com Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas. Nos últimos anos, o PT teve a maioria.

Pela manhã, após votar, Serra prometeu que, se eleito, faria "tabelinha" com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Disse ainda que trabalharia por Aécio no segundo turno: "Estarei engajado sem a menor sombra de dúvida onde for mais necessário, mais conveniente".

Depois da vitória, ele afirmou que "não basta trocar de presidente". "Temos que mudar muita coisa, vai ser uma tarefa difícil."

PETISTA

Suplicy, mais longevo senador paulista desde 1945, disse ter planos de dar aulas --disse ter recebido convite para dar aula na USP Leste --e falou até em cantar "a sério" com os filhos músicos.

O petista soou mais sereno que seus apoiadores em movimentos sociais, que dizem ter perdido um aliado crucial no Congresso.

Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e colunista da Folha, lamentou: "A derrota não é só do Suplicy. É para as organizações populares de São Paulo".

No PT, porém, o lamento pela derrota não é unânime. Suplicy só garantiu a vaga na disputa após ameaçar migrar para a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva.

A cúpula do partido atribui o revés à teimosia do próprio senador, que insistiu em disputar a reeleição, quando o comando petista preferia que ele concorresse a deputado federal para puxar votos para a legenda.

Não há clareza sobre o futuro de Suplicy na legenda. Uma alternativa apontada por aliados seria encaixá-lo em alguma área da administração do prefeito Fernando Haddad, mas gestões para tal ainda não ocorreram.


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