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Moradores de Ohio temem apuração confusa no Estado

Cédulas provisórias podem ser alvo de contestação na contagem dos votos

Se a diferença entre os dois candidatos for menor que 0,25%, Ohio deve recontar os votos até 11 de dezembro

DA ENVIADA ESPECIAL A CINCINNATI, OHIO

Eleitores enfrentaram longas filas para votar ontem em Ohio, Estado decisivo nesta eleição. E muitos deles afirmaram estar com medo de a apuração local ser atribulada e atrasar os resultados.

"Estamos rezando para que não haja nenhuma confusão na votação, não sei se o resultado sai hoje mesmo", disse a professora Kathy Sage, que votou em Barack Obama, depois de esperar quase uma hora na fila.

Ohio pode ser o foco de várias contestações na apuração por causa de cédulas provisórias usadas no Estado.

Eleitores que mudaram de endereço, não tinham documento de identificação adequado, tiveram discrepância na assinatura ou compareceram às urnas depois de já ter requisitado uma cédula para votar à distância só podem usar cédulas provisórias.

Em Ohio, as autoridades eleitorais têm até o dia 17 para avaliar se cada voto é válido ou não. Espera-se que mais de 200 mil eleitores votem com cédulas provisórias.

Além disso, quando a diferença de votos em Ohio é de menos de 0,25% -15 mil votos, se houver o comparecimento esperado de 6 milhões de eleitores-, há a exigência automática de recontagem. E o Estado tem até o dia 11 de dezembro para fazer isso.

Ou seja, se a votação no Estado for muito apertada e o resultado geral depender de Ohio, poderá haver um pesadelo eleitoral em que os EUA ficarão em suspenso por dias.

Os republicanos enviaram muitos observadores aos locais de votação para coibir fraudes e assegurar que os eleitores tivessem os documentos de identificação adequados (nos EUA, cada Estado determina qual o documento válido -não há título de eleitor, como no Brasil).

Os republicanos afirmam que estão lutando contra a possibilidade de fraude eleitoral -cuja incidência nos EUA é baixíssima-, por isso aumentam as exigências.

Os democratas argumentam que essa é uma tentativa de intimidar eleitores tipicamente democratas -mais pobres e de minorias- que às vezes estão mal informados sobre a documentação e não conseguem votar.

Ontem, em Cincinnati, o aposentado Dennis Detenwanger levou ao local de votação apenas a carta que recebeu do Conselho Eleitoral com seu nome.

Ele poderia votar também só com uma conta de luz ou telefone, se quisesse. Ele assinou um livro em que constava seu nome, e os mesários conferiram a assinatura.

"Estou aqui para garantir que todo mundo que estiver registrado vai poder votar", disse à Folha a advogada Carol Wood, observadora eleitoral do Partido Democrata.

Os eleitores votam numa cédula de papel, que depois é escaneada.

Ohio representa 18 votos no Colégio Eleitoral e é um dos Estados mais disputados -Obama esteve em Ohio 28 vezes durante a campanha, e Romney, 46.


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