Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Especial

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Para analistas, casa inteligente ainda é complexa demais

Mercado precisa de um sistema operacional único, que integre aparelhos de fabricantes rivais, avalia consultor

Neil Strother, da Pike Research, aponta que o pequeno número de produtos disponíveis é um entrave para o setor

BRUNO ROMANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A casa high-tech, toda automatizada e com eletrônicos inteligentes, esbarra em dois obstáculos até virar realidade para um número maior de pessoas: a complexidade para integrar diferentes tecnologias e o custo disso. A opinião é de analistas do setor ouvidos pela Folha.

"Ainda não existe uma plataforma na qual os donos de casas inteligentes possam interconectar com facilidade dispositivos e tecnologias", afirma David MacGregor, presidente da consultoria americana Longbow Research.

Para ele, seria importante que as casas adotassem um sistema operacional aberto e compatível com diversos aparelhos, como o Android no mundo dos smartphones.

Hoje não é assim. No setor de automação residencial, em geral, as empresas têm softwares personalizados apenas para os produtos e serviços que comercializam. Para o consumidor, isso significa ficar amarrado a uma única companhia.

Acrescentar novas automações de empresas concorrentes pode significar a falta de comunicação entre os diferentes serviços. Também fica complicada a introdução de novos eletrônicos na residência, pois o consumidor fica dependente de quem realizou a automação.

Um sistema nos moldes do Android poderia amenizar isso, integrando aparelhos de fabricantes diferentes -ele já fez isso com os smartphones de diversas marcas.

Além disso, a complexidade de automatizar uma casa está no grande número de subsistemas: iluminação, ar-condicionado, água, câmeras, eletrodomésticos, segurança e entretenimento são alguns deles. Interconectar tudo isso não seria fácil, mesmo que existisse uma plataforma única para todos.

Isso é refletido nos custos do serviço. "A automação verdadeira está fora do alcance da maioria das pessoas, especialmente em tempos de economia ruim", opina Neil Strother, analista da consultoria Pike Research. Em muitos casos, um projeto de automação passa de R$ 50 mil.

FALTAM MODELOS

E os eletrodomésticos inteligentes compensam a ausência de automação? "Sem a infraestrutura de uma casa inteligente, a funcionalidade de aparelhos do tipo é reduzida à de um eletrodoméstico convencional", diz MacGregor.

Outro problema com os dispositivos inteligentes, segundo Strother, é que há poucos modelos disponíveis e poucos fabricantes interessados em produzi-los -o que também se reflete nos preços. Resultado: pouca gente sabe que eles existem.

"As casa inteligentes vão existir. Mas não na minha geração", acredita Strother.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página