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ESTADO NOVO
10 de novembro de 1937
Emporium
Brasilis
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Foto de Vargas
é exibida em desfile no campo do Vasco da Gama (Rio) |
O presidente Getúlio
Vargas, com o apoio do Exército, fecha o Congresso, proscreve os
partidos políticos, outorga nova Constituição e anuncia
o ingresso do país em uma nova era, a do Estado Novo. Implanta o
sistema político burocrático-autoritário, que já
havia surgido em outros países no início da década.
O pretexto para o golpe é a descoberta de um suposto plano de insurreição
comunista, dirigido pela União Soviética, o Plano Cohen. O
documento, na realidade, era um texto apócrifo escrito pelo capitão
integralista Olímpio Mourão Filho (1900-1972). A poucas semanas
da data prevista para as eleições presidenciais (em janeiro
de 1938), o perigo vermelho permite que Getúlio
Vargas, que ocupava a Presidência havia sete anos, arranque do Congresso
a decretação do Estado de Guerra e de novas medidas que abrem
caminho para o plano longamente preparado _e tão bem preparado que
se fez como uma pequena operação de cúpula, não
encontrando nenhuma resistência política ou popular. O Estado
Novo consagra Vargas como o pai dos pobres, apoiado numa eficiente
máquina de propaganda, na repressão a qualquer forma de oposição
e na concessão às camadas mais carentes da população,
como o salário mínimo, criado em 1940, e a Consolidação
das Leis do Trabalho, de 1943. Mas o Estado Novo também foi marcado
pela censura, por prisões arbitrárias, exílios e torturas.
Dez mil prisões teriam ocorido nos oito anos de vigência do
regime. Durante a Segunda Guerrra Mundial, Vargas apóia os Estados
Unidos em troca de assistência para o desenvolvimento. Com a vitória
dos aliados, em 1945, ele é deposto pelos militares, em 29 de outubro.
Nas eleições de 2 de dezembro, o general Eurico Dutra (1885-1974)
elege-se presidente com 55% dos votos. No pleito, Vargas consegue eleger-se
senador constituinte. |