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IMPEACHMENT DE COLLOR
29 de setembro de 1992
Roberto
Jayme/Folha Imagem
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Collor deixa
o Planalto após assinar sua renúncia |
Após investigação
que dura três meses, a Câmara dos Deputados sela o impeachment
de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito por voto direto
desde 1960. Foram 441 votos contra 38. Collor renuncia ao cargo em 29 de
dezembro, logo no início da sessão do Senado que iria julgar o seu impeachment,
e o Senado instaura seu julgamento por crime de responsabilidade _em 1994,
ele acabaria absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Durante sua gestão,
Collor, de personalidade exibicionista, decreta dois planos econômicos,
mas não controla a inflação. Uma onda de escândalos
complica ainda mais a situação do governo _o romance entre
os ministros Zélia Cardoso de Mello (Economia) e Bernardo Cabral
(Justiça) e a renúncia de seu ministério em bloco,
deixando o PFL tomar conta do governo. Mas o que arrasa a gestão
são as denúncias de seu irmão mais novo, Pedro (morto
em 1994), sobre as irregularidades cometidas pelo empresário Paulo
César Farias (morto em 1996). Começam a se delinear as ligações
do presidente com um amplo esquema de corrupção e tráfico
de influências. Pipocam pelo país manifestações
populares pró-impeachment. Com sua saída, o vice Itamar Franco
assume a Presidência e lança um plano econômico, com
eixo monetário, para conter a inflação. |