|
|
Quase
República | A Revolta da Vacina | Estado
Novo | Regime Militar | Coluna
Prestes | Revolução de 30 | Suicídio
de Getúlio | Inauguração de
Brasília | Diretas Já | Impeachment
de Collor | Plano Real
DIRETAS JÁ
15 de janeiro de 1985
Fernando
Santo/Folha Imagem
|
|
Comício
pró-diretas em São Paulo, em 24 de janeiro de 1984 |
No dia 25 de abril de
1984, a Câmara dos Deputados derrota a emenda constitucional que restabeleceria
as eleições diretas para a escolha do sucessor do general
João Baptista Figueiredo (1918-1999). A favor da emenda, em sessão
que durou 18 horas (e se arrastou até as 2h do dia 26), votaram 298
deputados _65 contra, 3 abstenções e 114 deixaram de comparecer,
faltando 22 votos para alcançar a maioria dos dois terços
necessários à mudança da Constituição.
Dentro e fora do Congresso, muita gente chora o fim melancólico de
uma extraordinária cruzada cívica que mobilizou milhões
de brasileiros a partir de novembro de 1983, quando realiza-se, em São
Paulo, o primeiro comício pelas eleições diretas. Ao
longo de cinco meses, mais de 30 comícios pelas Diretas Já
acontecem nas maiores cidades brasileiras. O regime militar ganha a votação
de abril, mas não leva: seu candidato, Paulo Maluf (PDS), é
derrotado no Colégio Eleitoral, em janeiro de 1985, por Tancredo
Neves, o candidato da Aliança Democrática, formada pelo PMDB
e pelos dissidentes do PDS reagrupados no PFL. Mas a oposição
histórica reunida em torno de Tancredo (1910-1985) também
não leva: em 14 de março, faltando apenas nove horas para
a sua posse, o eleito adoece. Morreria em 21 de abril. O comando da Nova
República passa ao vice José Sarney _udenista e arenista histórico
que abandonara havia pouco a presidência do PDS. A eleição
direta só vai acontecer em 1989: o vitorioso foi um eleitor de Paulo
Maluf no Colégio Eleitoral de 1985, Fernando Collor. |