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Especialistas divergem sobre
atuação profissional
da Equipe de Trainees
A tendência de profissionalização do setor voluntário
não é unanimidade entre os especialistas em filantropia.
Segundo Stephen Kanitz, consultor de empresas, não há espaço
para o profissionalismo do setor, as empresas são muito pequenas,
e os salários, baixos.
Luiz Carlos Merege, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor
da Fundação Getúlio Vargas (Cets-FGV), diz que a
profissionalização é uma tendência e veio para
ficar.
O setor tem oferecido cada vez mais vagas. A filantropia demanda
uma mão-de-obra intensiva. Não dá para introduzir
tecnologias modernas que substituam o trabalho humano no trato com as
pessoas, afirma Merege
Porém Kanitz diz que, só no ano passado, as instituições
sem fins lucrativos demitiram 1.600 pessoas, conforme o levantamento feito
nas 400 instituições pesquisadas por sua consultoria.
Nos EUA, o terceiro setor pode absorver um monte de gente; nós
estamos longíssimo disso. Nem para trabalhar de graça tem
lugar, afirma.
Sem acreditar na dedicação integral de profissionais à
filantropia, o consultor procura estabelecer uma base de dados que oriente
os investimentos do empresariado para o setor.
Eu preciso fazer a cabeça do empresário que não
doa no Brasil porque acha que as entidades não são profissionais,
diz.
Para isso, criou o Prêmio Bem Eficiente, que publica os dados, desde
1997, sobre as 50 mais eficientes entidades por ano.
A eficiência das instituições é medida por
meio de 46 critérios, entre os quais repasse de recursos, transparência,
organização e situação financeira.
Na opinião do coordenador do Cets-FGV, a filantropia vem
se tornando um setor estratégico para as empresas, que investem
cada vez mais nessa área.
Kanitz também critica a atuação das escolas que têm
cursos de gestão de organizações sem fins lucrativos.
As escolas de administração vendem o peixe que as
entidades são mal administradas e elas é que vão
ensinar. Infelizmente, é o contrário, diz o consultor,
que considera que as escolas têm muito a aprender com as instituições.
CENTROS DE ESTUDO
A criação dos centros de estudos específicos para
o setor filantrópico dentro de importantes escolas de administração
de empresas é sintoma de uma preocupação em aplicar
técnicas do mercado (lucrativo) nas instituições
sem fins lucrativos.
Pioneiro na área, o Cets-FGV tem um curso semestral de 44 horas.
Desde 1996, forma 70 administradores voluntários por
ano.
Do currículo, constam aulas como marketing, planejamento estratégico,
captação de recursos, administração financeira,
elaboração de projetos, aspectos jurídicos e recursos
humanos.
Para Merege, são profissionais que devem se capacitar para coordenar
competência técnica e ideais. (REA)
Quem
pesquisa o voluntariado |
Centro de Estudos
do Terceiro
Setor (Cets FGV-SP) |
0/xx/11/281-7700
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Centro de Estudos
em Administração
do Terceiro Setor (Ceats FEA-SP) |
0/xx/11/8185836
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Núcleo
de Estudos de Administração
do Terceiro Setor (Neats PUC-SP) |
0/xx/11/3670-8513
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