São Paulo, sábado, 18 de setembro de 1999


 


Fundadores tiram sonho do papel


da Equipe de Trainees

Tenho um irmão portador de deficiência mental que estava em uma entidade ameaçada de fechar as portas”, conta Marcos Antonio Gonçalves, 44, um dos 47 funcionários da Volkswagen que fundaram a Avape (Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais), em 1982.
Segundo ele, que hoje é presidente do conselho administrativo da entidade, foi para evitar esse tipo de insegurança que o grupo adotou uma visão empresarial.
A profissionalização também foi uma preocupação dos “pais” da Fundação Gol de Letra _os jogadores de futebol Raí e Leonardo_, que atende a crianças. “É importante não ficar na caridade, mas ter uma estrutura profissional para que não fique só no sonho”, diz Raí, 34.

Daniel Guimarães/Folha Imagem
Marcos Gonçalves, que é um dos fundadores e o presidente do Conselho da Avape


Como o jogador, Luís Norberto Pascoal, 52, um dos dez fundadores da Fundação Educar DPaschoal _que trabalha com educação_, divide-se entre a vida profissional (dirige seis empresas) e o trabalho na instituição. Ele ainda atua em cinco outras entidades. Mas garante que leva o trabalho voluntário a sério: “Acho que nunca faltei a uma reunião como voluntário. Já na área profissional você pode adiar compromissos.”
Diferente dele, Viviane Senna, 41, fundadora, presidente e superintendente do Instituto Ayrton Senna, dedica-se integralmente à sua organização. “Aqui os coordenadores de programas são como empresários, só que o produto final não é um liquidificador, é uma criança que aprendeu e vai dar certo na vida.” (BM e AI)


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