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Vitória de verdade

Equipe de Felipão bate os franceses na Arena Grêmio e pega embalo para a Copa das Confederações, que começa no sábado

MARTÍN FERNANDEZ SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A PORTO ALEGRE

A seleção vai em alta para a Copa das Confederações, primeira de Luiz Felipe Scolari e última competição antes da Copa de 2014.

A vitória por 3 a 0 sobre a França, ontem, na Arena Grêmio, encerrou um período de quase quatro anos em que o Brasil não conseguia bater campeões mundiais.

Foi também a mais convincente apresentação da equipe sob o novo comando de Felipão, que até então somava apenas uma vitória, quatro empates e uma derrota.

Foi ainda a primeira vitória da seleção sobre a França desde 1992 --no período, houve duas derrotas traumáticas, nos Mundiais de 1998 e 2006.

O Brasil estreia na Copa das Confederações no sábado, em Brasília, ante o Japão.

Apesar do placar elástico, a seleção não brilhou o tempo inteiro. O primeiro tempo foi ruim, marcado por erros de passes, lançamentos para ninguém e bolas perdidas.

O técnico francês, Didier Deschamps, havia afirmado na véspera que "o Neymar de Scolari é mais fácil de marcar", numa referência ao posicionamento centralizado do atacante do Barcelona.

Felipão então mudou o astro do time de lugar. Neymar começou o jogo na esquerda, onde quase sempre atuou, com Oscar por dentro.

A outra mudança no time, em relação ao empate por 2 a 2 com a Inglaterra, na semana passada, foi a entrada de Marcelo no lugar de Filipe Luís na lateral esquerda.

Mas as melhores chances da seleção no primeiro tempo foram com Hulk, pelo lado direito, com dribles e cruzamentos que, por pouco, não se transformaram em gol.

O segundo tempo foi melhor. Menos amarrados, os dois times criaram mais oportunidades claras de gol.

Antes dos 10 min, a França disparou chutes perigosos de fora da área. As cobranças de escanteio também foram um pesadelo para Júlio César.

O Brasil chegou ao gol graças à marcação forte e a uma ajuda do árbitro peruano Victor Carrillo, que não marcou falta de Luiz Gustavo em Cabayet no meio do campo.

O desarme pegou a defesa da França exposta. A bola chegou a Fred, que deixou Oscar livre para marcar: 1 a 0.

O gol serviu para esfriar novamente a partida. Felipão trocou Oscar e Hulk por Lucas e Fernando, deixando o time com três volantes.

A França entrou em férias ainda durante o jogo (só volta a se reunir em setembro) e o Brasil aproveitou para aumentar a vantagem no placar.

O segundo gol saiu aos 38 min, quando muita gente já deixava o estádio. Paulinho puxou um contra-ataque, Lucas cruzou, Neymar ajeitou e Hernanes concluiu.

Quando os dois técnicos já haviam desfigurado suas seleções com várias substituições, o Brasil ampliou. Marcelo sofreu pênalti e Lucas converteu. A última (e até então única) vitória sobre os franceses por tamanha diferença havia sido na Copa de 1958, por 5 a 2.

A seleção brasileira não derrotava um campeão mundial desde novembro de 2009, quando bateu a Inglaterra, em amistoso no Qatar, com o técnico Dunga no banco de reservas. Nilmar marcou o único gol daquela vitória.

"A natureza não dá saltos", disse Felipão após a partida. "A equipe está sendo montada aos poucos. Temos que ir trabalhando devagar", concluiu o treinador.


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