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PM usa bombas contra protestos perto do Maracanã
Segundo a polícia, foram apreendidos coquetéis molotov; ao menos seis foram detidos
Um grupo de cerca de 800 manifestantes que tentou se aproximar dos arredores do Maracanã foi reprimido com bombas de efeito moral e gás de pimenta. Seis foram detidos e liberados ainda ontem.
A reportagem viu duas pessoas feridas. Segundo a PM, foram apreendidos artefatos como coquetéis molotov.
Para evitar a aproximação dos manifestantes, a PM formou cordões de isolamento. No primeiro deles, na saída do metrô, começou o confronto. Os PMs jogaram bombas de gás lacrimogêneo e de pimenta. Houve correria.
Parte dos manifestantes seguiu para a Quinta da Boa Vista, parque usado para o lazer. Manifestantes e moradores disseram que a polícia cercou as saídas da área, impedindo que os jovens, a maioria do movimento "Copa pra Quem?", deixassem o local.
Crianças e famílias que faziam piquenique correram assustadas. "Nunca tinha visto algo igual. Eram crianças chorando por causa do gás, barulho das bombas. E eles [os manifestantes] estavam cercados. Foi muito assustador", disse a vendedora de algodão- -doce Neli de Oliveira, 58.
"A PM agiu para evitar que pessoas bloqueassem as vias e para garantir que o evento ocorresse", disse Frederico Caldas, porta-voz da PM.
Após deixar o parque, muitos manifestantes tentaram se reaproximar do Maracanã. No caminho, eram aplaudidos por moradores do entorno.
A situação voltou a ficar tensa ao final do jogo, quando manifestantes se encontraram com torcedores, mas não houve confrontos.
