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Preciso, mas avesso ao gol, Luiz Gustavo se torna xodó

Sem finalizar há três jogos, volante brilha na marcação e agrada técnico

MARCEL RIZZO MARTÍN FERNANDEZ SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A FORTALEZA

"Essa história de volante goleador é bonita para a imprensa", disse Luiz Felipe Scolari à Folha, em abril.

Na prática, ninguém levou a frase do treinador tão a sério quanto Luiz Gustavo.

Titular intocável da seleção brasileira, o volante do Bayern de Munique é o único do time que não chuta a gol.

Nos amistosos contra Inglaterra e França e na estreia da Copa das Confederações, ante o Japão, o camisa 17 não finalizou uma vez sequer.

Os zagueiros Thiago Silva e David Luiz tentaram fazer gol. Os reservas que atuaram por pouco tempo, também.

Luiz Gustavo não se importa. Ao contrário, se diz feliz de cumprir o papel de cão de guarda da equipe nacional.

"Não é sacrifício nenhum", afirmou. "Eu trabalho para que os companheiros com características ofensivas possam resolver lá na frente."

O jogador do Bayern de Munique compensa a falta de apetite ofensivo com muitos desarmes e uma precisão nos passes que beira a perfeição.

Nas últimas três partidas do Brasil, o volante deu 130 passes e errou apenas três.

"Eu sou discreto até na vida pessoal", disse Luiz Gustavo ontem, em uma entrevista coletiva marcada por respostas curtas. "Procuro sempre fazer o simples. Minha função é ajudar os colegas."

Scolari está para lá de satisfeito com o desempenho de seu primeiro volante. "É um jogador que vem da escola alemã, de muita exigência", comentou. "Está muito bem."

Luiz Gustavo, 26, é de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. Mas começou a carreira no Corinthians de Alagoas, pelo qual disputou uma Copa São Paulo.

Em 2007, encantou olheiros do Hoffenheim, da Alemanha, que estavam no Brasil para contratar Carlos Eduardo, hoje no Flamengo.

Há dois anos, trocou o pequeno time alemão pelo poderoso Bayern de Munique, pelo qual ganhou tudo.

"Devo tudo ao futebol alemão", disse Luiz Gustavo à Folha. "Eu tinha meu estilo, mas aprendi muito lá."

Ele teve a primeira chance na seleção em agosto de 2011, com Mano Menezes. Contra a Alemanha, atuou pouco no revés por 3 a 2 em Stuttgart --e na lateral esquerda.

Com Felipão, virou dono da posição de primeiro volante. "Ele pede para mim o mesmo que para os outros, fazer sua parte. Muitos não acreditavam, mas eu sempre confiei no meu trabalho."


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