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PVC na Copa

Longe de tudo

Alexandre Gallo foi o observador destacado por Luiz Felipe Scolari para mapear o México antes da partida de hoje contra a seleção brasileira, em Fortaleza.

Sua análise da estreia mexicana contra a Itália indica uma equipe forte para marcar apenas do meio de campo para trás.

Avançar os volantes e pontas para pressionar a saída de bola do Brasil é um risco muito grande para os mexicanos, por terem um zagueiro lento como o veterano Francisco Rodriguez.

Esse diagnóstico parece correto. E também positivo para o tipo de jogo atual de Felipão.

Pressionado na marcação dos laterais e volantes, o Brasil entrega a bola aos zagueiros e lança. Não tem rifado a bola, na gíria dos boleiros, porque Thiago Silva e David Luiz são ótimos passadores. Mas usá-los para lançamentos só será bom como uma alternativa, nunca como obrigação causada pela falta de outras opções.

A estratégia mais atual para sair do aperto na defesa é usar a paciência como antídoto. Rodar a bola, tocar no lateral, voltar no volante, tocar no zagueiro, inverter o lado da jogada...

Pelo diagnóstico de Gallo: não dá!

"No Brasil, a torcida não tem paciência para ver a seleção trocando tantos passes atrás. Às vezes, temos de acelerar mais", Gallo afirma.

Está errado! Primeiro é preciso corrigir a deficiência, saber jogar em espaços curtos, melhorar a transição da defesa para o ataque.

Em seguida, utilizar a facilidade de passe de Thiago Silva e David Luiz como um elemento surpresa.

O Brasil ainda gosta de espaços largos.

A polícia também.

Em Fortaleza, a promessa de mais uma manifestação em torno do estádio fez a PM montar bloqueios nos quatro acessos ao Castelão a 1,5 km. Os torcedores terão ônibus gratuitos para a ida e a volta.

Foi a maneira encontrada para evitar tentativas de invasão e conflitos com a PM, como os que ocorreram em Brasília.

A estratégia policial pode até servir para impedir confusões. Em ambos os casos, da seleção e da manifestação, só há um remédio: aproximação.

Felipão precisa aproximar seus dois volantes dos três armadores para permitir, a cada passe recebido, duas ou três opções para entregar a bola.

A parcela dos protestos relacionada à Copa do Mundo diz respeito a governos estaduais e federais incapazes de compartilhar e divulgar decisões com a população.

É uma decisão coerente com esse distanciamento, portanto, criar uma barreira e manter o povo afastado 1,5 km do estádio.

O México não vai marcar por pressão. Mesmo assim, em campo, uma atuação com laterais, volantes e zagueiros longe de tudo pode ser fatal.


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