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PVC na Copa

Nascido a 5 de julho

Alberto Gilardino é o centroavante reserva de Balotelli na seleção italiana. Campeão mundial em 2006, perdeu importância depois de passagens medianas por clubes como Milan e Fiorentina. Ressurgiu na última temporada com 13 gols pelo Bologna na Série A --um a mais do que Balotelli, só que com número de jogos três vezes maior.

Sua data de nascimento diz muito sobre o jogo de amanhã entre Brasil e Itália. Gilardino nasceu em 5 de julho de 1982. "Meu pai sempre me contava histórias sobre a vitória no Sarriá."

Gilardino repetiu essa frase à exaustão durante a carreira, desde o início associada ao Itália 3 x 2 Brasil da Copa da Espanha. Falava-se da semelhança de seu estilo com o de Paolo Rossi e chamavam- -no de predestinado.

Não é. Gilardino enfrentou o Brasil duas vezes. Em ambas, a Itália perdeu e não fez gol. Derrotas por 2 x 0 e 3 x 0.

A não ser que marque amanhã, sua predestinação será sempre uma das lendas a respeito daquela partida. O mais grave dos mitos, o de que o Brasil preferiu o pragmatismo à beleza, porque perdeu no Sarriá.

Balela! Em 1974, a seleção de Zagallo jogou futebol horroroso e venceu só três de sete partidas. Em 1978, o time de Cláudio Coutinho ganhou quatro de sete confrontos sendo pragmático até a medula.

Se o estilo Telê tivesse sido desprezado depois de 1982, por que razão a CBF teria contratado Telê de novo para ser o técnico em 1986?

Ele só pôde retornar porque sua campanha na Espanha foi muito valorizada.

É até hoje.

Pergunta-se ainda em 2013 se é preferível perder como em 1982 ou vencer como em 1994. A resposta pode ter sempre estado oculta apesar de ter sempre sido óbvia: melhor ganhar como em 2002. No penta, o Brasil venceu todas as sete vezes e registrou o ataque mais positivo.

A derrota do Sarriá cria tantos mitos e perguntas por ter para os maiores de 40 anos o mesmo significado do Maracanazo para os maiores de 70. Os que hoje têm 25 anos sofreram o mesmo com os 3 x 0 da França, em 1998.

Os mais velhos dirão que não há nível de comparação. Sempre há.

O Gilardino brasileiro nunca jogou na seleção principal. Fabrício, volante ex-Corinthians, ex-São Paulo e ex-Cruzeiro, nasceu em 5 de julho de 1982, como o centroavante reserva de Balotelli.

Os gols de Paolo Rossi provocaram dores de parto em sua mãe. O pai, perplexo diante da TV, disse que só a levaria à maternidade quando o jogo acabasse e sua dor passasse. A mãe poderia estar esperando até hoje.


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