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Tostão na Copa

Clássico sul-americano

O Uruguai deve jogar com sete ou oito jogadores próximos da área para tentar ganhar do Brasil no contra-ataque. A dúvida é se vão jogar com dois ou três na frente (Cavani, Suárez e Forlán).

Se forem dois, sairia Forlán para a entrada de mais um marcador no meio-campo ou de um terceiro zagueiro.

Como os zagueiros, os laterais e os volantes uruguaios têm uma enorme dificuldade para sair trocando passes, como na partida contra a Espanha, o Brasil poderá recuperar, com facilidade, a bola perto do gol, como tem feito.

Provavelmente, os defensores vão dar muitos chutões, ainda mais que Suárez adora e é muito bom na disputa física pela bola.

Se o Uruguai jogar com três na frente, os dois que atuam pelos lados vão ajudar a marcar Marcelo e Daniel Alves. Se sair um atacante, o Uruguai terá dois volantes e um meia de cada lado, para obstruir o avanço dos laterais.

Não me lembro de Felipão adotar, de rotina, a marcação por pressão, que tem dado muito certo. Ele sabe que, em casa, geralmente, funciona. O time fica mais vibrante e inflama o torcedor, que apoia ainda mais. Forma um ciclo positivo.

Há também riscos. Se a equipe que pressiona termina o primeiro tempo em desvantagem, terá dificuldade física para reagir, por causa do desgaste. Outro risco é deixar muitos espaços na defesa.

Para isso, é necessário zagueiros rápidos, como Thiago Silva e David Luiz. Mesmo assim, no primeiro gol da Itália, o atacante recebeu, livre, a bola nas costas de Marcelo, que marcava na frente.

Felipão tem pedido para fazer a falta tática, parar o jogo, como disse Júlio César, na entrevista coletiva. O técnico não deve ter gostado.

Quem marca por pressão tem mais chance de fazer faltas. Por isso e porque os meias e atacantes não têm o hábito de desarmar, o Brasil é, disparada, a seleção que fez mais faltas (67) na competição. A Espanha marca também por pressão e fez 30.

A maioria dos jornalistas e quase todos os treinadores são a favor da falta tática. Os que são contra são chamados de românticos, utópicos.

Por causa da pressão e da importância da vitória, compreendo a atitude dos técnicos de pedir falta tática. Mas discordo. Não há necessidade de fazer faltas para marcar bem e ganhar a partida.

O olhar de um comentarista não deveria ser o mesmo do dos treinadores. Deveríamos nos preocupar mais com o espetáculo e o jogo limpo.

Além disso, como alguém já disse, quem faz faltas não recupera a bola. Ela continua com o adversário.


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