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Conselho quer diretor fora do São Paulo
FUTEBOL
Crise com o time, que hoje recebe o Cruzeiro, faz aliados de Juvenal pedirem saída de Adalberto Baptista
As críticas públicas ao capitão e ídolo Rogério foram a gota d'água para a situação do diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista.
Após o cartola afirmar que o goleiro está com deficiência na reposição de bola, o presidente Juvenal Juvêncio foi bombardeado por conselheiros aliados com pedidos de demissão do dirigente.
Para eles, a truculência e a falta de tato do diretor com jogadores e funcionários seriam responsáveis pela crise que se instaurou no clube.
O time, que recebe hoje o Cruzeiro, pela oitava rodada do Brasileiro, vive a maior série de derrotas seguidas de sua história (seis) e não venceu nos últimos nove jogos.
A má negativa explicitou uma série de tensões. A principal, o descontentamento do elenco com Baptista. Na quarta-feira, após derrota por 2 a 0 para o Corinthians na final da Recopa, Rogério, líder do elenco, disse que o São Paulo havia "parado no tempo".
A resposta veio no dia seguinte. Baptista atacou o ídolo ao declarar que, devido a dores no pé, Rogério tem errado na reposição de bola, seu habitual ponto forte.
Ontem, o arqueiro falou sobre a polêmica. Negou estar jogando machucado e deu uma alfinetada no dirigente.
"Realmente fui para o jogo da Bolívia [derrota por 2 a 1 para o Strongest, em abril] sem estar com o pé 100%. Mas, por entender que era um jogo crucial, achei que valia a pena o sacrifício", disse o goleiro ao canal ESPN.
Aquela partida foi marcada por uma polêmica. Baptista, piloto nas horas vagas, não foi com o grupo a La Paz porque participava na Europa de uma etapa da Porsche Cup, torneio automobilístico.
O diretor se reuniu com os jogadores antes do treino de ontem para explicar a declaração que gerou a polêmica.
"Hoje em dia, trabalhando de técnico, você tem que fazer gestão de pessoas. Você tem que respeitar as individualidades. Para mim, esse assunto foi resolvido", disse o técnico Paulo Autuori.