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Dupla missão

Atlético-MG e Cuca tentam hoje contra o Olimpia, na final da Libertadores, pôr fim à sina de azarados

LUIZ COSENZO DE SÃO PAULO PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

O Atlético-MG e seu técnico, Cuca, têm hoje a chance de reverter a fama de azarados se conseguirem vencer o Olimpia (PAR) na final da Libertadores --título mais importante de suas trajetórias.

Para pôr fim à sina, a equipe mineira precisa de uma vitória no Mineirão, às 21h50, por três gols de diferença.

Na partida de ida da final, os paraguaios ganharam em casa por 2 a 0. Caso o placar se repita, o título será decidido na prorrogação e, se for necessário, nos pênaltis.

Desde a derrota para o argentino Newell's Old Boys no primeiro jogo da semifinal, Cuca foi questionado várias vezes sobre o fato de ser tido como treinador pé-frio.

"Se Deus quiser, a consagração vai vir quarta-feira [hoje]. É o jogo mais importante da história do clube e, automaticamente o nosso. Ou você acha que eu não quero ganhar uma Libertadores para vocês pararem de encher o saco e me chamarem de azarado", disse o técnico na última sexta-feira.

Quando treinava o São Paulo, Cuca foi eliminado da Libertadores de 2004 na semifinal para o Once Caldas. Sete anos depois, fez com o Cruzeiro a melhor campanha da primeira fase da competição, mas caiu nas oitavas, outra vez para os colombianos.

Em seu currículo, ele acumula até hoje títulos de torneios estaduais. Foi campeão do Estadual do Rio em 2009, pelo Flamengo, e venceu as três últimas edições do Mineiro (2011 à frente do Cruzeiro e as duas mais recentes com a equipe alvinegra).

Fundado em 1908, o Atlético-MG não conquista um título de expressão desde 1971, quando venceu o Campeonato Brasileiro. Nesse período foi diversas vezes campeão mineiro e da extinta Copa Conmebol em 1992 --contra o próprio Olimpia-- e em 1997.

O clube vive seus fantasmas desde 1977, quando tinha o melhor time do Brasileiro e perdeu o título nos pênaltis para o São Paulo, em pleno Mineirão. Três anos depois, a derrota na final do Nacional foi para o Flamengo.

Até o final dos anos 90, o time mineiro sempre teve bons desempenhos na principal competição nacional. Nesse período, sustentou-se no topo do ranking da CBF mesmo sem os títulos, apenas chegando entre os primeiros colocados.

Por tudo isso, os fantasmas alvinegros se acumularam e poderão ser exorcizados com o título sul-americano.

Independentemente da conquista, uma mudança de atitude se processou no clube desde a chegada de Cuca e, sobretudo, de Ronaldinho.

A confiança na equipe aumentou e a torcida abandonou os gritos de "raça" e passou a valorizar também o futebol técnico e bem jogado do time, com os quais estava desacostumada.

Durante o jejum de conquistas importantes, o clube ainda viu o seu maior rival, o Cruzeiro, vencer duas vezes a Libertadores, uma o Brasileiro e quatro a Copa do Brasil.

Para a decisão, Cuca não terá os laterais Marcos Rocha e Richarlyson, suspensos. Júnior César será o titular no lado esquerdo, enquanto Michel e Luan são as opções para a direita. Bernard volta após ter cumprido suspensão.


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