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Agência subsidiará antidoping do país a partir de 2014

DOPING ABCD gastará R$ 8 milhões com compra e análise de material; confederação acha tarefa difícil

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A partir do próximo ano, todo o controle antidoping do país será subsidiado pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), órgão federal que se reporta ao Ministério do Esporte.

A entidade vai investir R$ 8 milhões em testes e inteligência. Ela terá orçamento de R$ 12,2 milhões para 2014.

Atualmente, cada confederação esportiva brasileira define sua maneira de atuação e seu orçamento com os controles. A ideia da ABCD é padronizar os procedimentos.

"Vamos organizar o plano de subsídio [às confederações] e aplicá-lo. Daremos kits, pagaremos oficiais de coleta, transporte e análise. Mas cobraremos mais", diz Marco Aurelio Klein, diretor-executivo da ABCD.

As confederações estão sendo avisadas do investimento. Ainda neste semestre haverá audiência pública para dar esclarecimentos.

Com o subsídio, espera-se que confederações, olímpicas ou não, façam mais testes. Ontem, a Folha publicou pesquisa feita pela ABCD com 4.995 signatários do Bolsa Atleta que mostrou que apenas dois entre dez atletas do país já fizeram antidoping.

A compra de kits --que são os frascos onde se depositam urina e objetos de análise-- é outro ponto em que a agência brasileira quer investir.

Neste ano, a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) teve dificuldades para importar mil unidades do aparato e pegou cem deles com outra entidade.

Como pagará a conta, a ABCD também fixou como meta fazer mais de 5 mil testes em 2014: ao menos 4 mil de urina e mil de sangue, a maioria em competição.

Também quer "emitir" 200 passaportes biológicos, em que se registram e acompanham os perfis sanguíneos e de urina dos atletas.

DESCONHECIMENTO

Segundo Klein, a ABCD, criada em 2011, também gastará R$ 1 milhão para certificar e capacitar os oficiais de exame antidoping. "Não sabemos nem quantos agentes para coleta de material temos ao todo no país", declara.

Chefe do antidoping na CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Sandra Soldan considera ideia boa, mas a tarefa difícil. "Só não sei se haveria gestão para controlar isso, dado o grande número de confederações no Brasil", diz.

Recém-fundada, a ABCD terá um quadro com 24 funcionários. Pares como a Usada e Ukad --agências antidoping dos EUA da Grã-Bretanha-- tem cem e 50 contratados, respectivamente.

Ainda assim, o subsídio é bem visto. "O antidoping é caro e nós arcamos tudo. Essa ajuda seria boa", diz Ney Wilson, coordenador da CBJ (Confederação de Judô).


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