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Edgard Alves

Batalha para recuperar prestígio

Basquete do país envereda por novos caminhos, mas CBB precisa arregaçar as mangas e trabalhar

O basquete, que já foi o segundo esporte na preferência do torcedor brasileiro e passou em seguida por uma fase de fracassos, procura caminhos na tentativa de se reerguer.

Essa batalha atravessa fase decisiva, que deve continuar até os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. Uma etapa explosiva, do vai ou racha, em busca da recuperação do prestígio perdido.

Embora a Confederação Brasileira de Basquete enfrente dificuldades, principalmente no setor de finanças, em consequência de gestões de baixa qualidade e desperdício, algumas iniciativas brotam na modalidade, abrindo novos horizontes. Com gestões próprias, as ligas nacionais masculina e feminina ainda patinam. Mas elas mantêm a chama da modalidade acesa.

Acaba de ser lançada oficialmente a AAPB (Associação de Atletas Profissionais de Basquetebol do Brasil), iniciativa desencadeada em 2008, mas que desde então não saíra do papel. Deve funcionar como interlocutora e representante dos jogadores, como linha direta entre clubes e atletas. Uma das propostas é combater os corriqueiros contratos verbais de trabalho dos jogadores com seus times.

Parece pouco, mas, nas trevas, é esperança de alguma luz. Até o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) do basquete abriu suas portas para a entidade compor a bancada do órgão.

Numa outra vertente das novas investidas que, certamente, servirão de catapulta para o basquete, a NBA, a poderosa e milionária liga profissional da América do Norte, desembarca no Brasil, em outubro, com um jogo da sua pré-temporada entre Washington Wizards e Chicago Bulls, no Rio.

É um outro contexto, mais a ver com potencial de consumo dos produtos da liga, que explora forte crescimento no mercado na América Latina. Esse jogo, no entanto, deve funcionar como espetáculo de um grande circo de estrelas, atração total. É o que interessa ao basquete, por ora.

Ressalte-se que, no masculino, o Brasil conquistou três medalhas olímpicas de bronze (Londres-48, Roma-60 e Tóquio-64) e dois títulos mundiais (Chile-59 e Rio-63). Depois se manteve como figura de proa nos eventos internacionais. Entrou em declínio ao ficar fora das Olimpíadas de Sydney-00, Atenas-04 e Pequim-08. Retornou aos Jogos no ano passado, em Londres, onde terminou em quinto. No feminino, ganhou o Mundial da Austrália-94 e foi ao pódio olímpico em Atlanta-96 (prata) e em Sydney-00 (bronze).

A seleção brasileira masculina participa da Copa América na Venezuela, que começa no final deste mês, onde busca vaga para o próximo Mundial. Vai jogar desfalcada de astros como Nenê, Varejão, Splitter e Leandrinho, entre outros, vinculados a times da NBA. Craques desse porte deveriam sempre estar na seleção.

A CBB precisa se mexer, arregaçar as mangas e trabalhar duro, negociar com os times e mostrar credibilidade. Ou vai ficar à sombra, desfrutando das vantagens das verbas federais?


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