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Velocista será punida, afirma dirigente

ATLETISMO
Segundo treinador-chefe, Vanda Gomes deve ser suspensa por críticas à confederação brasileira

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A atleta Vanda Gomes, 24, integrante do revezamento 4 x 100 m que foi desclassificado na final do Mundial de Moscou, no domingo, será punida pelas críticas feitas à CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).

A velocista, que correria a última passagem da equipe na prova, deixou o bastão cair ao recebê-lo de Franciela Krasucki. Naquele momento, o Brasil estava em segundo lugar --a Jamaica conquistou a medalha de ouro.

O erro custou a eliminação do time. Não bastasse isso, Vanda deixou a pista e disparou contra a direção da CBAt.

Para a atleta, houve falhas na preparação. "Treinamos pouco", "comemos mal" e "dormimos mal" foram algumas de suas declarações ao canal SporTV.

Ainda no domingo, a confederação emitiu nota na qual rebateu as insinuações de Vanda. Ontem, à Folha, disse que ela deve ser suspensa.

Segundo Ricardo D'Angelo, treinador-chefe da delegação brasileira em Moscou, a punição de Vanda pode variar de três meses a um ano.

"O que ela fez foi muito grave. A comissão técnica entendeu as declarações dela como um ato de indisciplina, e não condizem com a verdade", afirmou o dirigente.

D'Angelo e outros treinadores da seleção entregarão até sexta relatórios ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). A atleta poderá se defender no tribunal.

"Pessoalmente, vou recomendar uma suspensão de, no mínimo, seis meses e, no máximo, um ano", disse Ricardo D'Angelo.

Na nota que emitiu no domingo, a CBAt indagou a razão de a velocista não ter expressado sua insatisfação antes, uma vez que a seleção estava reunida desde 12 de julho na Europa para treinar.

Também reiterou seu critério técnico para promover a entrada de Vanda no lugar de Rosângela Santos na final.

Rosângela correu a semifinal e ajudou a equipe brasileira a bater o recorde sul- -americano da prova (42s29), mas foi sacada da decisão.

A alegação da comissão técnica foi de que, em testes anteriores ao Mundial, Vanda havia sido um pouco mais veloz que Rosângela.

As outras três corredoras --Evelyn dos Santos, Ana Cláudia Lemos e Franciela Krasucki foram mantidas.

Na noite de domingo, a cúpula da CBAt se reuniu em Moscou para discutir uma possível sanção para a atleta. Além de D'Angelo, participaram do encontro o superintendente de alto rendimento Antonio Carlos Gomes e o vice-presidente Warlindo Carneiro da Silva Filho.

"Vamos ser muito rígidos com ela. Ficamos muito chateados. Já convivi com atos de indisciplina. Mas uma coisa dirigida e voltada à imprensa como a Vanda fez eu nunca vi", disse D'Angelo.

A Folha não conseguiu localizar Vanda, cuja chegada ao Brasil estava prevista para a madrugada de hoje.


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