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Foco

Sob as bênçãos de Zito, Gabriel, 16, trocou o São Paulo pelo Santos

(RAFAEL VALENTE) DE SÃO PAULO

Filho de pai metalúrgico, Valdemir Silva Almeida, 41, e mãe dona de casa, Lindalva Barbosa de Lima, 38, o candidato a maior estrela santista pós-Neymar andava chateado nos últimos dias.

Desde os 8 a 0 para o Barcelona, em 2 de agosto, o atacante Gabriel, de apenas 16 anos, deixou de ser relacionado pelo técnico do time, Claudinei de Oliveira.

Ficou fora de quatro jogos. Voltou só anteontem, ante o Grêmio, na Vila Belmiro, no lugar de Victor Andrade, vetado no vestiário por ter usado um antialérgico proibido.

Após um cruzamento rasteiro de Montillo, o atacante bateu com a perna esquerda em chute que o gremista Dida não teria defendido nem nos seus melhores tempos de goleiro da seleção brasileira.

Não foi apenas o primeiro gol de Gabriel no time profissional. O único tento do jogo deu ao Santos a primeira vitória após seis jogos de jejum.

Ao fim do duelo, tamanha era a felicidade que Gabriel chorou. Foi consolado pelos pais, que sempre o apoiaram no sonho de ser jogador.

RUMO AO BARCELONA

Embora tenha apenas sete jogos pelo Santos, a multa rescisória caso ele deixe o clube antes do fim do contrato, em setembro de 2015, chega a 50 milhões de euros. Um acordo garante ao Barcelona a preferência por sua compra.

Apesar da expectativa que cerca o garoto, pessoas próximas contam que Gabriel mantém a origem humilde.

É aluno do terceiro colegial de escola pública, em Santos.

Como passatempo, gosta de videogame e música --ouve de pagode a hip hop. É fã do rapper Emicida.

Mas nada lhe interessa mais que o futebol. Começou a praticar aos cinco anos em uma escolinha em São Bernardo do Campo, sua cidade natal. Depois, ingressou no futsal do Águias de Nova Gerty, time de São Caetano. Jogou alguns torneios até chamar a atenção do São Paulo.

Ficou um ano no Morumbi. Zito, ídolo na era Pelé, terceiro na lista de recordistas de jogos pelo Santos e descobridor de Neymar, se encantou ao vê-lo fazer seis gols numa vitória por 6 a 1 justamente contra o time praiano.

Em 2005, Zito conseguiu colocar Gabriel na equipe de futsal santista, onde ele jogou dos nove aos 13 anos.

Nos primeiros cinco meses, enfrentou o período de maior dificuldade, quando viajava todos os dias para Santos. Zito ajudou, alugando um apartamento para a família.

Aos 13, Gabriel passou a jogar no campo. Atuava com atletas três anos mais velhos. E já arrancava elogios.

Há somente um ano, ele fechou o contrato atual.

Seu ídolo? Neymar. E poderia ser outro?


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