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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Os seus, os meus, os nossos

Os dois melhores técnicos do Brasileirão, Osvaldo de Oliveira e Marcelo de Oliveira, venceram o preconceito para chegarem onde estão.

Osvaldo era assistente de Luxemburgo. Hoje, a criatura é melhor do que o criador. Marcelo Oliveira era técnico do Atlético quando Alexandre Kalil assumiu a presidência, no final de 2008. Perdeu o emprego, porque Kalil não enxergava na cria atleticana um nome de peso.

Os dois líderes do Brasileirão têm tudo a ver com a discussão sobre a presença de treinadores estrangeiros, bem discutida na matéria de Martín Fernandez, ontem, na Folha. Qualidade de técnico não se mede pela nacionalidade.

Osvaldo nunca fez sucesso na Europa, mas foi tricampeão japonês, país por onde Arsene Wenger passou sem ganhar o título nacional na temporada 1995/96, pelo Nagoya Grampus ""venceu a Copa do Imperador. A chance no exterior na Europa nunca é bloqueada pelo idioma, ou José Mourinho e André Villas Boas não fariam sucesso na Inglaterra, onde um técnico nacional não ganha o campeonato desde Howard Wilkinson, do Leeds, em 1992.

Esqueça o preconceito, tanto para contratar um estrangeiro, quanto para dizer que o Brasil está fechado. O Santos tentou Marcelo Bielsa e Gerardo Martino. Estava atento ao mesmo nome contratado pelo Barcelona.

Mas o Brasil esqueceu que sua primeira atualização tática se deu pelas mãos do húngaro Dori Kruschner, contratado pelo Flamengo em 1937. Livros europeus de futebol discutem se o 4-2-4 nasceu brasileiro ou húngaro. Nasceu na Hungria de Puskas, consolidou-se no Brasil de Vicente Feola, assistente do treinador nascido em Budapeste, Béla Gutman, de quem aprendeu o sistema no São Paulo campeão paulista de 1957 sob o comando do treinador húngaro.

Não fosse a influência estrangeira, o Brasil talvez não fosse pentacampeão mundial. Não significa que o Brasil tenha de contratar treinadores de segundo escalão.

Um dos problemas do futebol daqui pode ser desatualização. Mas como medir isso com precisão se os mais atualizados da América do Sul vão para a Europa.

O Cruzeiro pensou em contratar Jorge Sampaoli e desistiu. Preconceito de achar a adaptação difícil. Manuel Pellegrini poderia ter feito grande trabalho no Brasil. Chileno, foi campeão no Equador e na Argentina, antes de fazer sucesso na Espanha e agora na Inglaterra.

Preconceito atrapalha. O Brasil precisa dos melhores jogadores, brasileiros como Neymar ou estrangeiros como Seedorf.

Se os melhores jogadores estivessem aqui, talvez não se discutisse o nível dos treinadores.

Ruim é não manter os melhores brasileiros e contratar gringos que não têm mercado na Europa, técnicos ou atletas.

É preciso ter aqui os jogadores e técnicos de primeira linha. Brasileiros ou estrangeiros.

AUTUORI PONTUA

O técnico reclamou semana passada da falta de treino. Com uma semana para trabalhar, o time reagiu. Controlou a posse de bola contra o Fluminense trancado. Ganso jogou como não fazia havia meses. Deslocou-se, inverteu posição com Jadson e pelo centro fez o passe para o primeiro gol.

CONTINUA RUIM

O Vasco perdeu Éder Luís, mas teve Marlone bem no primeiro tempo na função que era de seu ex-atacante. E teve Juninho Pernambucano organizando o time ""fez o passe para o gol de André. Tite viu sua equipe marcar no começo e recuar depois. Chamou o Vasco e não teve reação depois de sofrer o gol.


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