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São Paulo encerra jejum de três meses e ameniza crise
SÉRIE A Com 55 mil torcedores e até sal grosso, time vence o Fluminense
Após 12 jogos, três meses e trocas de técnico e de dirigente, o São Paulo voltou a vencer no Brasileiro. O triunfo é o primeiro passo na luta para deixar a zona de rebaixamento e espantar a crise.
Com o apoio de mais de 55 mil torcedores no Morumbi --os ingressos custaram entre R$ 2 e R$ 30-- o clube tricolor derrotou ontem o Fluminense por 2 a 1 e encerrou o pior jejum de sua história.
O time, que jogou até sal grosso na escadaria de seu seu vestiário, subiu uma posição na tabela --tomou a 18ª colocação da Portuguesa, que perdeu para o Atlético-MG-- e está a três pontos do Criciúma, o primeiro fora do Z4.
"Estamos longe de sair dessa situação, mas é um primeiro passo. Vencemos a primeira, agora temos de vencer a segunda", resumiu o goleiro Rogério, que pouco trabalhou na partida de ontem.
Diante de uma equipe retrancada --Vanderlei Luxemburgo escalou três zagueiros e só um atacante--, o São Paulo só precisou de paciência para abrir o placar com Luis Fabiano, aos 28 min.
Após ótima enfiada de Ganso, em uma de suas melhores partidas no ano, o atacante deu um carrinho dentro da área para chegar antes do zagueiro e tocar de bico no canto esquerdo.
Com a defesa bem postada, o São Paulo dominou o campo adversário. Sem o centroavante Fred, suspenso, o time carioca finalizou pela primeira vez somente aos 19 min do segundo tempo.
Neste momento, o São Paulo já vencia por 2 a 0 com o gol do lateral esquerdo Reinaldo, anotado no fim da etapa inicial, num forte chute cruzado na entrada da área.
O Fluminense só descontou nos acréscimos, com belo chute de Eduardo.
"É inevitável. Quando o Morumbi está cheio a gente se sente mais confiante e entra com determinação em busca da vitória. E hoje deu tudo certo", disse Luis Fabiano, que deixou o gramado ovacionado pela torcida.
Foi o segundo maior público do Morumbi no ano, atrás só do duelo contra o Atlético-MG pela Libertadores, que teve 57,4 mil torcedores.
O camisa 9, porém, levou o terceiro amarelo e, assim como Aloisio, não enfrentará o Botafogo, no próximo domingo, no Maracanã.
