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Esporte

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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Falso centroavante

O técnico são-paulino fez o time trabalhar para Ganso, mas ele trabalhou pouco para o time

O SÃO PAULO perdia a bola, e os dois atacantes voltavam pelos lados do campo. Lucas Evangelista vigiava as subidas do lateral Edílson, do Botafogo. Osvaldo voltava pela direita e marcava Júlio César. Só Ganso não tinha responsabilidade, em boa parte das investidas do Botafogo ao ataque. O desenho era de um 4-2-3-1, com Ganso postado como se fosse o centroavante. Um falso centroavante.

Ganso não tinha de fazer quase nada. Não marcava ninguém --nem precisava marcar gols. O camisa 8 do São Paulo não passou a partida inteira solto na frente, sem marcar nem finalizar. Houve momentos em que voltou até a intermediária, deu combate, desarmou. Autuori fez o time trabalhar para ele. Ganso trabalhou pouco para o time.

Dependendo das características dos jogadores, é melhor não ter centroavante. O São Paulo de Telê Santana não tinha. Cafu atacava pela direita, Muller pela esquerda. Ontem, Osvaldo deu o passe para Lucas Evangelista numa das chances mais claras de gol, aos 6 minutos do segundo tempo.

Quando o ataque acontece pela direita, o atacante da esquerda vira centroavante. E vice-versa. O sistema do Maracanã não é ruim. O problema é que não resistirá ao próximo jogo, com a volta de suspensão de Luis Fabiano.

Como falso centroavante quando o São Paulo não tinha a bola, a melhor oportunidade construída por Ganso foi para o Botafogo. Voltou até a intermediária e bateu mal na bola, para trás. O zagueiro Rodrigo Caio errou e Seedorf chutou na trave.

Como meia, aos 15 min do segundo tempo, Ganso tocou de letra e armou o contra-ataque puxado por Reinaldo, concluído com um cruzamento de Jádson. Não havia centroavante para concluir.

O São Paulo equilibrou o jogo contra um dos líderes do Brasileirão. Sinal de que as duas semanas de trabalho deram resultado e isso é bom. Mas o jogo contra o Botafogo teve um desenho impossível com o retorno de Luis Fabiano --impossível abrir mão dele. Ganso terá de trabalhar mais taticamente. Nesta semana, há uma maratona com três jogos em cinco dias. Derrotas podem significar briga contra o rebaixamento até o fim do ano.

GANSO CORINTIANO

O Ganso do Corinthians não é Pato. É Douglas. Com ele em campo, o time marca um pouco menos --e ele tem se esforçado! O custo-benefício precisa se dar com o desempenho ofensivo. Nem sempre Douglas devolvia com passes e gols. Anda devolvendo.

Na quarta-feira, foi o melhor em campo na vitória inconvincente sobre o Luverdense.

Ontem, contra o Flamengo, participou dos dois gols. Pato os marcou, mas Douglas construiu. O sentido de justiça de Tite é hoje difícil de se cumprir. Alguém não merece e joga. Ou Pato, ou Émerson ou Romarinho. Douglas merece jogar.

A GRIFE

Vanderlei Luxemburgo é um nome de peso. Protege dirigentes, inclusive. Na contratação, sempre se dá um voto de confiança, pela sua carreira extremamente vitoriosa. Desde seu retorno do Real Madrid não é assim. São dez jogos pelo Fluminense, três vitórias apenas --quatro derrotas.

PÁTRIA

Felipão está em outro estágio. Anda ganhando títulos como fazia nos tempos em que duelava com Luxemburgo. No fim de semana, vestiu a camisa retrô do Caxias. É a mesma pessoa dos anos 90 --sua prioridade é o futebol. Usará a semana da pátria como arma na relação entre torcida e seleção.


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