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Violência

Envolvidos em briga nem sequer foram presos

Membros da Gaviões não pagaram fiança

EDUARDO OHATA DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

Os dois membros da Gaviões da Fiel que estiveram presos na Bolívia, suspeitos da morte do jovem Kevin Espada, e foram identificados pela polícia de Brasília após briga entre torcidas no Mané Garrincha, foram liberados sem ao menos pagar fiança.

A Folha apurou com autoridades locais que, tecnicamente, a dupla, identificada por fotos e imagens de TV em cenas da briga, nem sequer foi detida: meramente prestou termos de declarações.

O tempo que eles passaram com as autoridades foi de, no máximo, uma hora e meia, no Jecrim (Juizado Especial Criminal), cuja estrutura funciona apenas em dia de jogo.

A briga aconteceu no último dia 25, um domingo, no intervalo do empate de Corinthians e Vasco por 1 a 1.

Torcedores alvinegros invadiram o setor onde estava a torcida vascaína, iniciando uma briga que teve confronto com a Polícia Militar.

"É a legislação que não prevê que eles [membros da organizada que participaram da briga] respondam presos", explica o secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar. "À luz da lei, não há crime. Não identificamos crime que justificasse que ficassem presos no DF."

Mas, o secretário faz uma leitura que abre a possibilidade de torcedores ou organizada serem investigados por tentativa de homicídio. "Um deles falou, não na delegacia, mas à mídia do DF, que vida se paga com vida'."

O torcedor se referia ao confronto entre torcedores de Corinthians e Vasco, em 2009, que culminou na morte do corintiano Clayton Ferreira de Souza, 27.

"Pode até acontecer a acusação de tentativa de homicídio, já que a Justiça brasileira segue a teoria finalista, ou seja, o que vale é a intenção. Se você mira uma arma na cabeça do outra pessoa, atira, mas erra, vale a acusação de tentativa de homicídio", afirma Avelar. "Se atira no pé para assustar, pega uma artéria e ele morre, o crime é doloso [sem intenção de matar]."

Os torcedores também são suspeitos de saquear um supermercado em Taguatinga, cidade satélite do DF.


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