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Opinião

O basquete mancha sua história com o fracasso memorável na Venezuela

EDGARD ALVES COLUNISTA DA FOLHA

Louvado no passado ao arrebatar dois títulos mundiais consecutivos (Chile-59 e Rio-63), ao subir ao pódio olímpico três vezes (Londres-48, Roma-60 e Tóquio-64) para receber a medalha de bronze e no festejado ouro no Pan de Indianápolis-87, o basquete brasileiro masculino mancha sua história com o fracasso memorável na Venezuela.

Antes, em 1976, levou uma trombada também impactante ao ser eliminado no Pré- -Olímpico de Hamilton, no Canadá, que o impediu de ir aos Jogos de Montréal naquele ano, fato inédito até então.

Outro inferno da seleção foi a ausência em três Olimpíadas seguidas: Sydney-00, Atenas-04 e Pequim-08.

O tropeço na Copa América, classificatório para o Mundial, soma-se à série de grandes vexames da equipe.

Isso porque o Brasil e os EUA são os únicos países que estiveram representados nas 16 edições já realizadas do campeonato do mundo.

Ainda há a chance de o Brasil receber convite, uma forma menos glamorosa, sem charme, de participar do evento. Assim pode repetir fato ocorrido na Olimpíada-80.

Enfim, depois da contratação do técnico Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina em 2004, a seleção iniciou outra etapa, com novos conceitos de jogo. Voltou à Olimpíada, no ano passado, em Londres, onde o quinto lugar reforçou a proposta de busca do tempo perdido.

É certo que os desfalques, principalmente dos brasileiros que atuam na NBA, onde ganham verdadeiras fortunas, foram fatais.

Alguns alegaram contusões. Só negociações bem articuladas possibilitam a ida deles para outros eventos.

O Brasil conta com atletas de alto nível, mas não em abundância, como requer o novo padrão mundial da modalidade, mais exigente do que tempos atrás não apenas dentro da quadra, mas sobretudo fora dela. Aí está o nó do basquete nacional, a ausência de gestão profissional.

A Confederação Brasileira de Basquete há tempos não mostra a eficiência que dela se espera no masculino e no feminino, desde trabalhos na base, na formação de atletas e nas categorias adultas.

A entidade também maneja de forma catastrófica as finanças, bem regadas pelo dinheiro público nos últimos anos. Gasta além da conta.

Portanto, antes de calibrar os tiros à cesta, o basquete precisa melhorar a cartolagem e, como escrevi aqui outro dia, trabalhar duro e não ficar à sombra, esperando pelas verbas governamentais e por milagres.


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