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Rogério erra pênalti, e São Paulo continua na zona de descenso
SÉRIE A
Goleiro desperdiça a quarta cobrança seguida da equipe e mina chances de recuperação no Morumbi
Dizem que pênalti é meio gol. O ditado não vale para o São Paulo. Para o time, pênalti geralmente não vira gol.
A equipe do Morumbi desperdiçou ontem a quarta cobrança consecutiva, foi derrotada em casa pelo Criciúma por 2 a 1 e perdeu a chance de sair da zona de descenso do Brasileiro pela primeira vez em mais de um mês.
Dizem ainda que pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube. Esse ditado, o São Paulo passa perto de seguir.
Rogério, goleiro, capitão e jogador cuja influência chega até mesmo ao mandatário Juvenal Juvêncio, já havia perdido as duas últimas cobranças e sido tirado momentaneamente do posto de batedor oficial da equipe.
Mas, ontem, quando Aloísio foi derrubado na área e se levantou rapidamente pedindo para executar a cobrança, foi o goleiro quem mais uma vez foi para a bola. Com aval do técnico Paulo Autuori.
"Errei. Incompetência minha. Não tenho o que falar. Ninguém mais do que eu quer sair dessa situação", disse Rogério, que havia perdido penais ante Bayern de Munique e Portuguesa --Jadson errou contra o Flamengo.
A defesa de Galatto, aos 17 min do 2º tempo, quando o placar já apontava 2 a 0 para o Criciúma, minou qualquer tentativa de reação lúcida de um São Paulo que havia voltado melhor do intervalo.
O primeiro tempo havia sido horrível. Um pênalti bobo de Rodrigo Caio em Marlon fez Marcel colocar o time catarinense em vantagem. E um contra-ataque certeiro, completado por Lins por trás de toda a defesa, decretou mais um tropeço dentro de casa.
À base do abafa e atacando de forma desornada, típica de quem sofre com os maus resultados, a equipe paulista ainda diminuiu com um chute de Aloísio.
Mas a invencibilidade de cinco jogos sem derrotas caiu. E junto dela a pretensão de antecipar o fim da luta contra o rebaixamento.
O São Paulo volta a ser o antepenúltimo e, com 18 pontos, está a um do Fluminense, o primeiro fora do grupo que jogaria a Série B em 2014.
No domingo, encara uma nova chance de reação ou de um retorno à crise: confronto no Paraná com o Coritiba.